Tessituras crítico-tranformadoras para a geografia escolar: do conhecimento social à cidadania planetária

Autori

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.256053

Parole chiave:

Geografia escolar, Cidadania, Conhecimento social, Planetariedade

Abstract

O presente texto objetiva argumentar e propor crítico-reflexivamente tessituras que destaquem e iluminem o papel e o lugar do ensino de Geografia para a construção crítico-transformadora do conhecimento socioambiental que leve os sujeitos da aprendizagem à cidadania planetária, assumindo atitudes e posturas de enfrentamento e protagonismo perante este cenário de crise. Para tal, realiza-se uma discussão teórico-bibliográfica fundamentada em um diálogo com autores que apontam em múltiplas direções – política, histórica, geográfica, biológica, antropológica, sociológica etc. –, compondo um tecido multirreferencializado de conhecimentos. Em face das questões seculares, que ainda não adentram a Geografia escolar com tanta força, necessitamos prover um debate focalizado nos temas e entremear diálogos que contribuam com o desenvolvimento do pensamento e da ação diante dos males sociais neste tempo. Para isto, faz-se um conjunto de proposições, de ideais, de elementos que (des)centralizam novos debates em favor da reivindicação de Geografias que furam os clichês e constituem outras leituras, compreensões e ações nos lugares de vida, a partir de si, para o lugar-mundo, a Terra.

Biografie autore

Lucas Antônio Viana Botêlho, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Bolsista de Fixação da FACEPE, Doutor em Geografia e Pós-doutorando da Universidade Federal de Pernambuco

Francisco Kennedy Silva dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco. Bolsista de Produtividade do CNPQ

Riferimenti bibliografici

ACOSTA, A. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo:

Alegre: Sulina, 2003.

ALVES, N. Decifrando o pergaminho – os cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas. Em: OIVEIRA, I.; ALVES, N. (Ed.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas. Petrópolis/RJ: DP et al, pp. 13-38, 2001.

ARDOINO, J. Abordagem multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas. Autonomia Literária, Elefante, 2016. 268p. In: BARBOSA, J. G. (Coord.). Multirreferencialidade nas ciências e na educação. São Carlos: Editora da UFSCar, pp. 24-41, 1998.

CASTELLS, M. A galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges; revisão Paulo Vaz. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003, ano 26, v. 1, n° 34, p. 109-224, 2010.

COUTO, M. A. C. Ensinar a Geografia ou ensinar com a Geografia? Das práticas e dos saberes espaciais à construção do conhecimento geográfico na escola. Terra Livre, São Paulo, ano 26, v. 1, n° 34, p. 109-224, 2010.

GOMÉZ, M. V. A transversalidade como abertura máxima para a didática e a formação contemporâneas. Revista Iberoamericana de Educación, n.º 48/3, 25 de enero de 2009.

GUVERICH, R. Geografias escolares contemporâneas: práticas sociais situadas. In: CASTELLAR, S. M. V.; CAVALCANTI, L. S.; CALLAI, H. C. (orgs.). Didática da

Geografia: aportes teóricos e metodológicos. São Paulo: Xamã. 2012, p. 17-26.

JACOBI, P. Meio Ambiente, riscos e aprendizagem social. Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, Curitiba, v. 10, n. 26, p.346-364, set./dez. 2015.

LEFF, E. Complexidade, Racionalidade ambiental e Diálogo de saberes. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 34(3), p. 17-24, set./dez. 2009.

MARQUES, M. O. A educação no limiar do terceiro milênio, exigente de outro paradigma. Contexto e Educação, Editora UNIJUÍ, Ano 15, nº 59, p. 113-128, Jul./Set. 2000.

MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 139-158, 2001.

MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução Eloá Jacobina. 8 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

MORIN, E.; KERN, A. Terra-pátria. Trad. Paulo Azevedo Neves da Silva. 4. Ed. Porto Alegre: Sulina, 2003.

PADILHA, P. R. et al. Educação para a Cidadania Planetária: currículo interdisciplinar em Osasco. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2011.

REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. 8. Ed. São Paulo: Cortez, 2010.

SANTOS, B. S. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Tradução Mouzar Benedito. São Paulo: Boitempo, 2007.

SOARES, M. Pesquisas com os cotidianos: devir-filosofia e devir-arte na ciência. Educação & Realidade, Porto Alegre, 38 (3), 731-745, 2013.

SOFFIATI, A. Fundamentos filosóficos e históricos para o exercício da ecocidadania e da ecoeducação. In: LOUREIRO, F. B.; LAYARARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. de (orgs.). Educação ambiental: repensando o espaço do cidadão. São Paulo: Cortez, 4. ed. 2008. p. 23- 68.

SOUTO, X. M.; FITA, S.; FONFRÍA, X. Enseñar la participación ciudadana desde los espacios escolares. In: CASTROGIOVANNI, A. C. et al. Movimentos no ensinar geografia: rompendo rotações. Porto Alegre: Evangraf, 2015, p. 72-92.

TOZZONI-REIS, M. F. C. Pesquisa-ação em Educação Ambiental. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 3, n. 1, pp. 155-169, 2008.

TUAN, Y. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEEL, 1983.

VELLOSO, R.V. O ciberespaço como ágora eletrônica na sociedade contemporânea. Ci. Inf., Brasília, v. 37, n. 2, p. 103-109, maio/ago. 2008.

Pubblicato

2022-12-26

Come citare

Botêlho, L. A. V., & Santos, F. K. S. dos. (2022). Tessituras crítico-tranformadoras para a geografia escolar: do conhecimento social à cidadania planetária. Revista De Geografia, 39(3), 222–238. https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.256053

Fascicolo

Sezione

Artigo Científico