O pós-Copa do Mundo em Pernambuco: legado urbano ou herança imobiliária?
Palavras-chave:
megaeventos, legado urbano, parceria público-privadoResumo
Neste artigo, o objeto empírico de reflexão é a cidade do Recife, para o qual se busca analisar a realização de megaeventos esportivos, como forma de mobilizar investimentos vultosos e dar seguimento ao processo de especulação imobiliária. Interessa, portanto, analisar os efeitos desse modelo sobre a dinâmica de funcionamento da cidade. Trata-se de analisar o caso da Região Metropolitana do Recife, no Estado de Pernambuco, como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Ao final, vê-se que parcerias entre setor público e privado são a forma de concretizar o “pacto urbano” que permitirá associar a visão dos planejadores públicos com a agilidade e senso de mercado das instituições privadas. Diante disto, o artigo tem como objetivo trazer à luz elementos que permitam a compreensão da lógica de organização do espaço metropolitano do Recife, de modo a subsidiar a avaliação da importância do legado que poderá permanecer após a realização dos jogos internacionais.
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