Downshifting/ Desacelerando

Autor/innen

  • Elaine Azevedo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais- Universidade Federal do Espírito Santo (PGCS-UFES)
  • Daniel Coelho de Oliveira Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Montes Claros (MG)

DOI:

https://doi.org/10.51359/2317-5427.2017.235795

Schlagworte:

estilo de vida, desacelerar, consumo

Abstract

Este estudo conceitual busca nas Ciências Humanas e Sociais teorias e referências para problematizar o downshifting, bem como movimentos que dialogam com suas premissas. O comportamento não se insere em molduras conceituais precisas. A resistência ao consumo é transversal ao fenômeno, mas o estudo levanta questões que devem mobilizar futuros estudos: que outras razões movem seus adeptos? É uma prática restrita aos indivíduos privilegiados do hemisfério Norte? Há um esgotamento do consumismo em busca de novas formas de hedonismo ou apenas uma nova forma de consumir?

Autor/innen-Biografien

Elaine Azevedo, Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais- Universidade Federal do Espírito Santo (PGCS-UFES)

Doutora em Sociologia Política (2009) na área de Sociologia Ambiental e Sociologia do Conhecimento Científico, com pesquisa em Controvérsias e Percepção de Análise de Riscos na Ciência. Fez estágio pós doutoral (2010-2011) no Departamento de Prática de Saúde Pública, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, pesquisando os campos de estudo da Agroecologia e da Promoção da Saúde. Atualmente é Professora Adjunta na Universidade Federal do Espírito Santo, na Graduação e no Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais (PGCS) no Departamento de Ciências Sociais do Centro de Ciências Humanas e Naturais. É coordenadora do Grupos de Pesquisa CNPq/ UFES: Diálogos entre Sociologia e Artes e Ambiente e Sociedade. É membro da International Association of Socioloy. Áreas de interesse e atuação: Sociologia da Alimentação. Sociologia da Saúde. Sociologia Ambiental. Saúde Coletiva. Promoção da Saúde. Agricultura Familiar Orgânica e Agroecologia. Riscos Ambientais vinculados a produção de alimentos. Segurança Alimentar e Nutricional. Consumo Sustentável. Ativismo Alimentar. Arte Socialmente Engajada.

Daniel Coelho de Oliveira, Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Montes Claros (MG)

Doutor em Ciências Sociais pelo CPDA/UFRRJ. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros. Possui experiência com pesquisa social nos seguintes temas: consumo, alimentação, desigualdades sociais e desenvolvimento rural. É Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros e do Mestrado Associado UFMG-Unimontes em Sociedade, Ambiente e Território.

Literaturhinweise

AUGUSTO, Acácio; ROSA, Pablo Ornelas; RESENDE, Paulo Edgar da Rocha. 2016. Capturas e resistências nas democracias liberais: uma mirada sobre a participação dos jovens nos novíssimos movimentos sociais. Estudos de Sociologia, Araraquara, v.21, n. 40, p. 21-37.

ADELMAN, Miriam. 200. O reencantamento do político: interpretações da contracultura. Rev. Sociologia Política, v.16, p. 143-147.

AZEVEDO, Elaine;PELED, Yiftah. 2015. Artevismo Alimentar. Contemporânea Revista de Sociologia da UFSCar, v. 5, p. 495 -520.

BELLAH, Robertet al.1985. Habits of the heart: individualism and commitment in American life.Nova York: Harper and Row.

BLACK, Bob. 1985. The Abolition of Work. http://wwww.t0.or.at/bobblack/abolishw.htm Acesso em: 2/06/2016.

BOOKCHIN, Murray. 2007. Social Ecology and Communalism. Oakland: AK Press.

CAMPBELL, Colin. 2001. A ética romântica e o espírito do consumismo moderno. Rio de Janeiro, Editora Rocco.

CANCLINI, Néstor García.1999. Consumidores e cidadãos - conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

CAROTENUTO, Angelo. 2012. Tra Camus e Latouche L’economia del Sufficiente. http://www.italialaica.it/news/rassegnastampa/35120 Acesso em: 30/04/2016.

CHHETRI, Prem, STIMSON, Robert J.; WESTERN, John. 2009. Understanding the Downshifting phenomenon: a case of South East Queensland, Australia. Australian Journal of Social Issues, v. 44, n.4, p.345-362.

CRAIG-LEES, Margaret; HILL, Constance. 2002. Understanding voluntary simplifiers. Psychology & Marketing, v.19, n.2, p. 187-210.

CUENCA, Manuel C. 2003. Ocio humanista, dimensiones y manifestaciones actuales del ócio, Bilbao: Instituto de Estúdios de Ócio/Universidad de Deusto.

DE MASI, Domenico. 2003.O futuro do trabalho. Rio de Janeiro: José Olímpio.

DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. 2004. O mundo dos bens. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.ESOMBA, Steve. 2012. Advertising and the spread of Business, Democracy and Knowledge.https://books.google.com.br/books?id=TY_FBgAAQBAJ&pg=PA1&hl=pt-PT&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false Acesso em: 7/04/2016.

FARR, Moira. 2016. The slow professor. http://www.universityaffairs.ca/features/feature-article/the-slow-professor Acesso em: 14/04/2016.

FERREIRA, José Maria Carvalho. 2006. Élisée Reclus: vida e obra de um apaixonado da natureza... Verve, v.10, p.109-134.

GANDOLFI, Franco. 2008. The Downshifting phenomenon. In: GANDOLFI, Franco; CHERRIER, Helene. Downshifting: a theoretical and practical approach to living a simple life. Hyderabad, India: Icfai University Press, p. 3-22.

HANORÉ, Carl. 2011.Devagar.Rio de Janeiro: Record.

HIRSCHMAN, Albert. 1983. De consumidor a cidadão: atividade privada e participação na vida pública. São Paulo: Brasiliense.

HOOGHE, Mark; STOLLE, Dietlind. (Eds). 2004. Generating Social Capital: Civil Society and Institutions in Comparative Perspective. New York: Palgrave.

JUNIU, Susana. 2000. Downshifting: Regaining the Essence of Leisure. Journal of Leisure Research, v.3, n.1, p. 69- 74.

KRAEMER, Fernanda; SILVEIRA, Teniza da; ROSSI, Carlos Alberto Vargas. 2012. Evidências cotidianas de resistência ao consumo como práticas individuais na busca pelo desenvolvimento sustentável. Cadernos EBAPE.BR, ,v.10, n.3, p. 677-700.

KROPOTKIN, Piotr. 2001A Anarquia: sua filosofia, seu ideal. São Paulo: Imaginário.

LAFARGUE, Paul.1983.O Direito à Preguiça.São Paulo: Kairós Livraria e Editora.

LATOUCHE, Serge. 2009. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes.

LEVENSTEIN, Harvey A.. Dietética contra gastronomia: tradições culinárias, santidade e saúde nos modelos de vida americanos. In:FLANDRIN, Jean-Louis & MONTANARI, Massimo (Org). História da Alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.

LISOVA, Evgenia. 2008. Downshifting: stratifikatsionnye effekty. Ekonomicheskaya sotsiologiya, v.9, n.2, p. 56-65.

LIPOVETSKY, Gilles. 2007. A Felicidade Paradoxal: ensaio sobre sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras.

MAYA, Paulo Valério Ribeiro. 2008. Trabalho e tempo livre: uma abordagem crítica. In: JACQUES, Maria da Graça Correa et al. Relações sociais e ética. Rio de Janeiro, Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, p. 31-47.

NELSON, Michelle R.; RADEMACHER,MarkA.; PAEK, Hye-Jin. 2007. Downshifting Consumer = Upshifting Citizen? An Examination of a Local Freecycle Community. Annals of the American Academy of Political and Social Science, v. 611, p. 141-156.PAUKOVA, Anna. 2014. Downshifting: foundations and dynamics of personal choice. Revista de abordagem gestaltica, Goiânia, v.20, n.1, p. 128-133.

PEREIRA, Cláudia da Silva; SICILIANO, Tatiana Siciliano; ROCHA, Everardo Rocha. 2015. “Consumo de experiência” e “experiência de consumo”: uma discussão conceitual. LOGOS 43, v.22, n.2, p.6-17.

PUTNAM, Robert. 2000.Comunidade e Democracia. A experiência da Itália Moderna. Rio de Janeiro: FGV.RAY, Paul H.; ANDERSON Sherry R. 2000. The Cultural Creatives. New York: Harmony.

RODOR, Khalil. 2015. Repensar a moda dos meios de produção aos modos de consumo. https://issuu.com/blessmagazine/docs/bless_equality_19cf991ccc6830 Acesso em: 29/06/2016.

RUMBO, Joseph D. 2002. Consumer resistance in a world of advertising clutter: the case of Adbusters. Psychology & Marketing,v.19, n.2,p. 127-148.RUSSEL, Bertrand. 2001. O elogio ao ócio. In: DE MASI, Domenico(org.). A economia do ócio. Rio de Janeiro: Sextante. p. 49- 130

SCHOR, Juliet B. 1998. The overspent American: why we want what we don’t need. New York: Harper Perennial.

SCHOR, Juliet; THOMPSON, Craig T. 2014. Sustainable Lifestyles and the Quest for Plentitude. Case Studies of the New Economy. New Haven:Yale University Press.

SHI, David E. 1985. The simple life: Plain living and high thinking in American culture. New York: Oxford.

SCHULZE, Gehard. 1993. Die Erlebnisgesellschaft. Kultursoziologie der Gegenwart. Frankfurt am Main: Studienausgabe.

SCHUMACHER, Ernst F.1979.O negócio é ser pequeno. Rio de Janeiro: Zahar.SIERRA, Jeremy. 2015. Experiments in Living.https://www.trinitywallstreet.org/blogs/news/experiments-living Acesso em: 5/05/2016.

STEPHENS, Julie. 1998.Anti-Disciplinary Protest: Sixties Radicalism and Postmodernism. Cambridge: Cambridge University Press.

ZAVESTOSKI, Stephen. 2002. The social-psychological bases of anticonsumption atitudes. Psychology & Marketing, v.19, n.2, p. 149- 65.

Veröffentlicht

2023-12-22

Ausgabe

Rubrik

Artigos