The biotechnology regulation of suffering and subjective well-being: The role of psychopharmacology in the perception of psychiatrists
Keywords:
psychiatry, medicalization, psychotropics, psychic suffering, happinessAbstract
This article focuses on the changes in treatment of mental suffering by psychiatry today, seeking to understand the meaning assigned by psychiatrists to psychopharmacological therapeutic. The study also investigates how these professionals perceive the construction of a psychiatry dedicated not only for the treatment of mental disorders, but also to relieve the intrinsic sufferings to everyday life, as well as, for production of subjective state of well-being (happiness). The analysis is based on the results of an exploratory survey of psychiatrists who work in the city of Recife. The results shows that the rising in psychotropic drugs consumption has its origins in the new relation between individuals with the well-being and suffering, when generalizes the requirement to annihilate quickly, chemically, problems and disorders that become intolerable as happiness is imposed as a dominant way of life. In the current context, when psychiatry institutionally no longer needs the duality health / illness to justify their practice, it is required to devote also to enhance moods, with the use of psychotropic drugs as a control device and elimination of suffering and producing mental states more pleasant.References
ALVES, Fátima. 2011. A doença mental nem sempre é doença. Racionalidades Leigas sobre Saúde e Doença – um estudo no Norte de Portugal. Porto, Edições Afrontamento.
AGUIAR, Adriano A. 2004. A Psiquiatria no Divã: entre as ciências da vida e a medicalização da existência. Rio de janeiro, Relume-Dumará.
BARDIN, Lawrence. 1998. Análise de Conteúdo. RJ, Edições 70. BEZERRA JR., Benilton. 2010. A psiquiatria e a gestão tecnológica do bem-
estar. In Freire Filho, João (org.). Ser feliz hoje: reÀexões sobre o imperativo
da felicidade. Rio de Janeiro: FVG. Pp. 117-134.
BEZERRA JR, Benilton. 2007. Considerações sobre terapêuticas ambulatoriais de saúde. In: Tundis, Silvério Almeida; Costa, Nilson Rosário Costa (org.) Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no Brasil. 8ª edição. Petrópolis, RJ, Vozes, p. 133-169.
BIRMAN, Joel. 2010. Muitas felicidades?! O imperativo de ser feliz na contemporaneidade. In: Freire Filho, João (org.). Ser feliz hoje: reÀexões sobre o imperativo da felicidade. Rio de Janeiro: FVG, p. 27-47.
CAILLÈ, Alain, LAZZERI, Christian & SENELLART, Michel (Org.). 2006. História argumentada da filosofia moral e política: a felicidade e o útil. São Leopoldo: Editora Unisinos.
DAMASIO, Antônio. 1996. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras.
DANTAS, Jurema Barros. 2009. Tecnificação da vida: uma discussão sobre o discurso da medicalização da sociedade. Fractal: Revista de Psicologia, 21, dez. Disponível em: http://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/ Fractal/article/view/202/365. Acesso em: 16 Out. 2015.
DUARTE, Luiz Fernando. 1988. Da vida nervosa nas classes trabalhadoras urbanas. 2ª edição. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor-CNPq.
DWORKIN, Ronald W. 2007. A felicidade artificial: o lado negro da nova
classe feliz. São Paulo, Editora Planeta do Brasil.
EHRENBERG, Alain. 2004. Depressão, doença da autonomia? Entrevista de Alain Ehrenberg a Michel Botbol. Ágora, v. VII, n. 1, jan./jun., p. 143- 153.
EHRENBERG, Alain. 2010. O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida, SP: Ideias e letras.
FERREIRA, Jonatas e MIRANDA, Erliane. 2011. Consumo de psicofármacos: entre o cuidado de si e a sintetização da catarse. In: Ferreira, Jonatas; Scribano, Adrián. Corpos em Concerto: diferenças, desigualdades e conformidades. Recife, Editora Universitária da UFPE, p. 227-247.
FOUCAULT, Michel. 2005. História da loucura. São Paulo, Perspectiva.
FREIRE FILHO, João. 2010a. A felicidade na era de sua reprodutibilidade cientifica: construindo “pessoas cronicamente felizes”. In: Freire Filho,
João (Org.). Ser feliz hoje: reÀexões sobre o imperativo da felicidade. Rio de Janeiro, Ed. FGV, 2010, p. 49- 82.
FREIRE FILHO, João (Org.). 2010b. Ser feliz hoje: reÀexões sobre o
imperativo da felicidade. Rio de Janeiro, Ed. FGV.
GIANNETTI, Eduardo. 2002. Felicidade: Diálogos sobre o bem-estar na civilização. São Paulo, Companhia das Letras.
GUARIDO, Renata. 2007. A medicalização do sofrimento psíquico: considerações sobre o discurso psiquiátrico e seus efeitos na Educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.33, n.1, jan./abr., p. 151-161.
HORWITZ, Allan V.; WAKEFIELD, Jerome C. 2010. A Tristeza Perdida: como a psiquiatria transformou a depressão em moda. São Paulo, Editora Summus.
KINGWELL, Mark. 2006. Aprendendo felicidade: todas as tentativas de Platão ao Prozac. Rio de Janeiro, Relume Dumará.
KRAMER, Peter D. 1994. Ouvindo o Prozac: uma abordagem profunda e esclarecedora sobra a pílula da felicidade. Rio de Janeiro: Record.
LAYARD, Richard. 2006. Happiness: Lessons from a New Science. London, Penguin Books.
LIPOVETSKY, Giles. 2007. Felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. Lisboa, Edições70 Ltda.
MCMAHON, Darrin M. 2006. Felicidade: uma história. São Paulo, Globo.
MILLER, Tobby. 2010. Felicidade ao estilo americano In: Freire Filho, João (Org.). Ser feliz hoje: reÀexões sobre o imperativo da felicidade. Rio de Janeiro, Ed. FGV, p. 105-115.
PERRUSI, Artur. 2015. Sofrimento psíquico, individualismo e uso de psicotrópicos: Saúde mental e individualidade contemporânea. Tempo Social. São Paulo, v. l. 27, n.1, junho, p. 139-159. Disponível em: http:// www.revistas.usp.br/ts/article/view/103356. Acesso em: 10 Out. 2015
SANTOS, Shirley Alves dos. 2014. A busca da felicidade e a patologização do sofrimento: a percepção dos psiquiatras em relação ao uso de medicamentos psicoativos. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais). Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Downloads
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado