ÉTICA DA REALIDADE E DA REALIDADE VIRTUAL: Latour, fatos e valores
Resumo
No âmbito da questão de até que ponto a ciência seria capaz de elaborar uma crítica adequada dos desenvolvimentos contemporâneos da ciência e da tecnologia, e em vista do crescente interesse em ética no campo das ciências sociais, este artigo tem dois propósitos. Primeiro, discorrer acerca de algumas implicações éticas das concepções de realidade de Bruno Latour e, em menor extensão, de Alfred North Whitehead, ambas relacionadas a uma persistente dicotomia entre fatos e valores. Fazendo uso do trabalho de Whitehead, o artigo também procurar argumentar em favor da ética, assim como perguntar novamente, sob a luz dessa discussão, onde a dimensão ética do trabalho de Latour deve ser localizada. O artigo sugere que o conceito latouriano de exterioridade o obriga a perseguir uma política de realidade que é particularmente providencial para os ‘moralistas’, e não uma política da realidade virtual na qual todas as entidades, humanas e não-humanas, estariam engajadas.
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