O COLONIALISMO NO CORAÇÃO DA TEORIA CRÍTICA: a justificativa colonial em Karl Marx
Abstract
Vindo à luz, basicamente, na segunda metade do século XIX, a obra e reflexão de Karl Marx situa-se em um período marcado profundamente pelas ideias cientificistas, evolucionistas e colonialistas, em suma, pelo ideário eurocêntrico moderno. Nesse contexto, pode-se observar com clareza o processo dialético que caracteriza a teorização social, no qual as ideias tanto refletem quanto informam as relações sociais de seu tempo. Nosso artigo visa lançar luz sobre as relações ambíguas entre a teoria de Karl Marx e o ideário colonialista que embasou uma vasta gama de opressões. Objetiva-se demonstrar como as ideias marxianas recaem no pressuposto colonial eurocêntrico de uma suposta diferença ontológica entre povos e culturas, e finda por justificar a expansão colonial como forma de superar o "atraso" e "incivilidade" dos não ocidentais. Por se constituir no maior referencial da teoria crítica, a atenção à colonialidade do pensamento marxiano ganha ainda mais relevância.
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