Precedentes obrigatórios, ratio decidendi e tese
o que vincula os juízes e tribunais no direito brasileiro?
DOI:
https://doi.org/10.51359/2448-2307.2024.262258Palabras clave:
Precedentes Obrigatórios;, Ratio Decidendi;, Fundamentação Jurídica;, Tese;Resumen
O presente artigo trata do “o que” é vinculante nos precedentes obrigatórios no Brasil. A partir do método dogmático e de uma revisão bibliográfica, pretende-se apontar quais aspectos da ratio decidendi, tese e fundamentação jurídica são ou não vinculantes. Concluiu-se que a tese, enquanto preceito abstrato que presume a identidade de casos, é apta a deflagrar as técnicas processuais baseadas em precedentes obrigatórios. Já a fundamentação jurídica é vinculante na forma do art. 926 do Código de Processo Civil, visto que as premissas que fundamentam a tese devem ser observadas sob pena de violação do dever de integridade e coerência da jurisprudência.
Citas
ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da fundamentação jurídica. 2. ed. São Paulo: Landy, 2005.
ALVIM, Teresa Arruda. STJ acerta ao fixar tese antes de julgar recurso repetitivo.Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-jun-05/teresa-arruda-alvim-stj-acerta-fixar-tese-antes-julgar-repetitivo. Acesso em 05 jan. 2023.
ALVIM, Teresa Arruda; DANTAS, Bruno. Recurso Especial, Recurso Extraordinário e a Nova Função dos Tribunais Superiores: precedentes no direito brasileiro. 6. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2019.
ASSIS, Araken. Manual dos Recursos. 8. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.
BARIONI, Rodrigo; ALVIM, Teresa Arruda. Recursos Repetitivos: tese jurídica e ratio decidendi. Revista de Processo, v. 296, 2019.
BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. 2. ed. São Paulo: Edipro, 2014.
CUNHA, Leonardo Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
DIDIER JR., Fredie et al. Curso de Direito Processual Civil: teoria da prova, direito probatório, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória. 14. ed. Salvador: Juspodivm, 2020.
DIDIER JR., Fredie et al. Sistema Brasileiro de Precedentes Judiciais Obrigatórios e os Deveres Institucionais dos Tribunais: Uniformidade, Estabilidade, Integridade e Coerência da Jurisprudência. Revista do Ministério Público do Rio de Janeiro, n. 64, abr./jun. 2017.
DINAMARCO, Cândido Rangel. O Conceito de Mérito em Processo Civil. Revista de Processo, v. 34, p. 20-46, abr./jun. 1984.
FERRAZ, Thaís Schilling. Ratio decidendi x tese jurídica. A busca pelo elemento vinculante do precedente brasileiro. Revista de Processo, São Paulo, v. 265, p. 419-441, mar. 2017.
FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Função Social da Dogmática Jurídica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
JOSEPH, Miriam. O Trivium: as artes liberais da lógica, gramática e retórica: entendendo a natureza e a função da linguagem. São Paulo: É Realizações, 2008.
MacCORMICK, Neil. Why cases have rationes and what these are. In:GOLDSTEIN, L. (Ed.). Precedent in law. Oxford: Clarendon Press, 1987. p. 155-182.
MACÊDO, Lucas Buril de. Precedentes Judiciais e o Direito Processual Civil. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2022.
MACÊDO, Lucas Buril de; PEIXOTO, Ravi. A “tese jurídica” nos precedentes obrigatórios: um jogo de espelhos com a ratio decidendi e com a coisa julgada? Revista de Processo. São Paulo, Ed. RT, ano 47, v. 332, p. 291-312, out. 2022.
MACÊDO, Lucas Buril de; PEIXOTO, Ravi. Objeto dos recursos cíveis: crítica ao efeito devolutivo como categoria central da Teoria Geral dos Recursos.Tese (Doutorado -Programa de Pós-Graduação em Direito Processual) -Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, 2019.
MACEDO, Ronaldo Porto. "A Integridade no Direito e os Protocolos de Hércules: Comentário à Integridade no Direito (Império do Direito-Capítulo VII)". Revista Direito Mackenzie, v. 10, n. 2, p. 71-103, 2016.
MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes Obrigatórios.4. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016. E-book.
MARSHALL, George. What is Binding in a Precedent? In:MACCORMICK, Neil; SUMMERS, Robert S. Interpreting Precedents: a comparative study, 1997.
MELLO, Patrícia Campos; BARROSO, Luiz Roberto. Trabalhando com uma nova lógica: a ascensão dos precedentes no direito brasileiro. Revista da AGU, Brasília, v. 15, p. 9-52, jul./set. 2016.
MIRANDA, Victor Vasconcelos. Precedentes judiciais: a construção da ratio decidendi e o controle de aplicabilidade dos precedentes. Dissertação (Mestrado -Programa de Pós-Graduação em Direito Processual) -Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, 2017.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de Direito Privado. Campinas: Bookseller, 1999. t. 2.
SCHAUER, Frederick. Precedent. Stanford Law Review, v. 39, n. 3, fev. 1987.
STRECK, Lênio Luiz; ABBOUD, Georges. O que é isto –o precedente judicial e as súmulas vinculantes?3. ed. rev. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015. p. 106.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Victor Gabriel Alcantara de Albuquerque

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con la Revista Académica de la Facultad de Derecho del Recife ("RAFDR"), aceptan los términos siguientes:- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la RAFDR el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) sólo después de publicado en la RAFDR, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).