Figura
o sagrado e o profano em Jean-Claude Brisseau
DOI:
https://doi.org/10.51359/2763-8693.2025.264574Palavras-chave:
Jean-Claude Brisseau, figura, figural, sagrado, profanoResumo
Este artigo propõe uma análise da progressão da ação de figuras na poética cinematográfica do diretor francês Jean-Claude Brisseau (1944-2019), cuja obra se estrutura sobre três pilares centrais e indissociáveis: o misticismo, a sexualidade e a brutalidade. A partir dos estudos sobre a visualidade e as potências das imagens desenvolvidos pelo filósofo e historiador da arte Georges Didi-Huberman (2013a), em Diante da imagem, a investigação se debruça sobre dois longas-metragens da filmografia do diretor: O Som e a Fúria (De Bruit et de Fureur, 1988) e Céline (1992). A hipótese deste trabalho é pensar como determinados movimentos figurais instauram, nesses filmes, um regime de imagem em que o fantasma e o real, o sagrado e o profano, deixam de ser ontologicamente distintos para coexistirem. A análise observa de que modo essas figuras operam deslocamentos sensíveis na narrativa e tensionam os limites entre visível e invisível no cinema de Brisseau.
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