Videoinstalação e experiências estéticas afro-atlânticas na obra de Tiago Sant’ana e Julien Creuzet

Resumo

Neste artigo, faço alguns apontamentos críticos sobre dois trabalhos artísticos e suas propostas expográficas como uma experiência estética que coloca a videoinstalação e a linguagem videográfica em relação a outras imagens no ambiente expositivo, assim ampliando a experiência. Tomo como exemplos a sala do artista Tiago Sant’ana na exposição Iniciadas - Ancestralidades Contemporâneas e a instalação do artista Julien Creuzet, na itinerância da 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível. Considero que, em ambas as proposições, o mar Atlântico é parte fundamental da narrativa visual, onde talvez desponte uma linguagem poética comum da diáspora negra: o oceano como um lugar ambíguo de trauma e violência, mas também de espiritualidades e intercâmbios culturais.  Logo, a experiência estética mediada por ambas as obras conduz a recepção para paisagens erigidas na/pela experiência de identidades forjadas na diáspora negra.