African Mathematical Knowledge And Anti-Racist Education: An Analysis Of The Anais Of ENEM Conocimiento Matemático Africano Y Educación Antiracista: Análisis De Los Anales De ENEM
Abstract
O presente trabalho objetiva analisar produções acadêmicas publicadas entre 2003 e 2019 nos anais do Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM), com a finalidade de debater como o ensino de matemática tem se relacionado com as propostas de uma educação antirracista. Destarte apresentamos como saberes potenciais de uma educação matemática afrocentrada o “Osso de Ishango”, “Papiro de Ahmes”, “Estampas geométricas com padrões de origem africana” e outros exemplos. Assim, foi realizada uma pesquisa documental nas publicações do ENEM de 2003 a 2019, utilizando da busca por palavras-chave, leitura dos resumos e leitura integral. Os resultados apontam que não há grande número de produções após aprovação da lei 10639/03, entretanto naqueles que a abordam encontrou-se uma discussão sistematizada, relacionando a formação de professores que ensinam matemática, discutindo o ensino e aprendizagem numa perspectiva antirracista, de valorização do conhecimento do povo negro e da aplicação de lei 10.639/03.
Palavras-chave: Educação antirracista, Saberes africanos, ENEM, Comunicação científicas.
Literaturhinweise
Almeida, M. C. (2005). A mais antiga manifestação de atividade matemática. Revista Educação em Movimento, (11), 1-33. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/259622554_A_MAIS_ANTIGA_MANIFESTACAO_DE_ATIVIDADE_MATEMATICA
Asante, M. K. (2015) Raça na antiguidade: na verdade, provém da África. Capoeira – Revista de humanidades e letras. 1(3), 105-113. Recuperado de: https://www.capoeirahumanidadeseletras.com.br/ojs-2.4.5/index.php/capoeira/article/view/32/36
Brasil. (2003). Lei 10639/2003. Ministério da Educação.
Brasil. (2008). Lei 11645/2008. Ministério da Educação.
Campelo, A. F. R.; Barbosa, D, S.& Ribeiro, J. P. M. (2019) O jogo africano Mancala como semeador de uma educação antirracista, decolonial e intercultural na Escola Pluricultural OdéKayodê. Anais do Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM, Cuiabá, MT, Brasil, 13. Recuperado de: https://www.sbemmatogrosso.com.br/eventos/index.php/enem/2019/paper/view/2299
Carvalho, J. I. F. (2019). Educação Matemática Afrocentrada na formação inicial e continuada de professores de matemática. Anais do Congresso de Pesquisadores Negros/as do Nordeste –COPENE, João Pessoa, PB, Brasil, 2. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ci/issue/view/2402/341?fbclid=IwAR3iDOYBgYNFlHWr2RmN_sXVbBRHqf26yqWhFUafje448B8asELKj_YU1Gk.
Chávez, L. E. V. (2015). “Los negros no sonbuenos para las matemáticas”: Ideologías raciales y prácticas de enseñanza de las matemáticas em Colombia. Revista CS, (16), 169-206. Recuperado de: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=476347228008&fbclid=IwAR2UkRLyThPELpFEXPCMO6NwByPa_cMwAg2g7EszhZ5zNhpPm0Hrr6GpgPc
Coêlho, F. F.& Costa, W. N.G (2010). A abordagem da história e da cultura afro-brasileira pelos professores de matemática: o papel dos livros didáticos. Anais do Encontro Nacional de Educação Matemática – ENEM, Salvador, BA, Brasil, 10. Recuperado de: http://atelierdigitas.net/CDS/ENEM10/artigos/CC/T11_CC178.pdf
Cunha Jr., H. (2005). Africanidade, Afrodescendência e Educação. Revista Educação em Debate. 23(2), 5-15.
Cunha, L. (2015). Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico universal. Governo da Bahia, Salvador, BA.
D’Ambrosio, U. (2015). O Programa Etnomatemática: uma síntese. Acta scientiae, 10(1), 7-16. Recuperado de http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/74
Forde, G. H. A. (2008). A presença africana no ensino de matemática: análises dialogadas entre história, etnocentrismo e educação. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil. Recuperado de http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/nometese_124_GUSTAVO%20HENRIQUE%20ARA%DAJO%20FORDE.pdf
Gerdes, P. (1992). Sobre o despertar do pensamento geométrico. (1a ed.). Curitiba: Editora da UFPR.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4a ed.). São Paulo: Atlas.
Manoel, A. P. & Manoel, C. A. L. C. (2019). Um olhar sobre as questões étnicas-raciais nas enunciações sobre a história da Matemática apresentadas pelos livros didáticos de Matemática do Ensino Médio aprovados pelo PNLD 2018. Educação Matemática em Debate, 3(9), 267-281. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/emd/article/view/91/96
Mokhtar, G. (2010). História Geral da África: a África antiga. (2ª ed.) São Paulo: Ática/Unesco.
Nascimento, E. L. (2009). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. (1a ed.). São Paulo: Selo Negro.
Pereira, R. P. (2016). Potencialidades do Jogo Africano Mancala IV para o campo da educação matemática, história e cultura africana. (Tese de doutorado). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
Peres, E. S. & Santos Filho, E. B. (2019). Abordagens geométrica em estamparias afro-brasileira: Um estudo etnomatemático. Anais do Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM, Cuiabá, MT, Brasil, 13. Recuperado de: https://www.sbemmatogrosso.com.br/eventos/index.php/enem/2019/paper/view/2132/1195
Santos, E. C. (2008). Os tecidos de Gana como atividade escolar: uma intervenção etnomatemática para a sala de aula. (Dissertação de mestrado). Pontificada Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Recuperado de: https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/11295/1/Eliane%20Costa%20Santos.pdf
Silva, K. V. (2020). Jogos africanos e o ensino de matemática: na escuta com dois professores de matemática da Educação Básica. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, Brasil.
Sousa, D. B.; Campelo, A. F. R.; Santos, C. R.; Almeida, K. F. A.& Souza, R. B. (2019). O movimento social negro e a promulgação da Lei 10.639/03: Possibilidades para o ensino de matemática de forma a valorizar a história e cultura afro-brasileira e africana. Anais do Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM, Cuiabá, MT, Brasil, 13. Recuperado de:https://www.sbemmatogrosso.com.br/eventos/index.php/enem/2019/paper/view/1304
Souza, V. R. (2016). Saberes e Técnicas Matemáticas da Cultura Africana e Afro-Brasileira no Ensino Fundamental. Anais do Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática – EBRAPEM, Curitiba, PR, Brasil, 20. Recuperado de: http://www.ebrapem2016.ufpr.br/wp-content/uploads/2016/04/gd16_valdirene_souza.pdf
Thomaz, E. &Thees, B. (2019). O ensino e aprendizagem de matemática em afroperspectiva: Os anos iniciais do ensino fundamental pensado para além dos rituais instituídos. Anais do Encontro Nacional de Educação Matemática - ENEM, Cuiabá, MT, Brasil, 13. Recuperado de:https://www.sbemmatogrosso.com.br/eventos/index.php/enem/2019/paper/view/3505/800.
Valença, A. C. (2018) Africanidade, Matemática e Formação de Professores na Escola Quilombola. (Dissertação de mestrado). Universidade de Pernambuco, Nazaré da Mata, PE, Brasil.
