O ensino de língua portuguesa na perspectiva do professor: que gramática devemos ensinar?
DOI:
https://doi.org/10.51359/1982-6850.2019.241456Palavras-chave:
concepção de gramática, ensino produtivo, prática docenteResumo
Este artigo tem por objetivo investigar o ensino contextualizado da língua, a partir da representação de professores da rede municipal, de uma cidade, do interior, do estado do Tocantins acerca do trabalho com a gramática na sala de aula. Para tanto, realizou-se a aplicação de um questionário com um grupo de quatro professores do Ensino Fundamental, que ministram a disciplina de Língua Portuguesa, de uma escola pública do município de Porto Nacional- TO. Assim, para refletir e analisar as concepções dos professores sobre o ensino de gramática, utilizamos como respaldo teórico: Geraldi (1997), Travaglia (2003), Mendonça (2006), Antunes (2014), Batista-Santos; Teles (2018) entre outros. Por meio de uma análise qualitativa-interpretativista constatou-se que ainda exista uma predominância de uma prática de ensino de gramática normativa, evidenciando o tripé: conceituação, classificações e exercícios mecânicos, sem possibilitar reflexão sobre os efeitos de sentidos que a classe de palavras desempenha no texto. Todavia, mesmo com tal evidência, notou-se nas representações dos professores a necessidade de mudança nas práticas pedagógicas para o ensino de Gramática, considerando o contexto de uso, bem como um trabalho produtivo (uso-reflexão-uso) de reflexão e posicionamentos críticos.Referências
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