Proposta de elaboração de vocabulário de itens lexicais tabuizados
Resumo
Nosso objetivo é apresentar uma proposta de um vocabulário que contemple itensléxicos erótico-obscenos em português-italiano e fazer algumas consideraçõesreferentes à tradução de seus verbetes, cuja arquitetura é onomasiológica.Para a tradução dessa tipologia lexical devemos considerá-la não uma simplestransferência de significados, uma vez que a possibilidade de tradução entreunidades lexicais nem sempre se verifica. Entretanto, podemos estabelecer umacorrespondência entre elas e dicionarizá-las. Visamos, com nossa pesquisa e comnossas reflexões, contribuir com a comunidade acadêmica e preencher uma lacunaainda existente no mercado lexicográfico de obras bilíngues especiais.Referências
ALMEIDA, Horácio. 1981. Dicionário de termos eróticos e afins. 2.ed. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira.
ARROJO, Rosemary. 1996. Os estudos da tradução na pós-modernidade,
o reconhecimento da diferença e a perda da inocência. Cadernos de tradução,Florianópolis: NUT, (1):53-69.
______. 1995. The death of the author and the limits of the translator visibility.
In: Mary Snell-Hornby. Translation as intercultural communication. Amsterdam: JohnBenjamins, pp. 21-32.
______. 1992. Tradução. In: José Luís Jobim (org.). Palavras da Crítica. Rio deJaneiro: Imago.
BARBOSA, Maria Aparecida. 1996. Léxico, produção e criatividade. São Paulo:Plêiade.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. 1999. Conceito linguístico de palavra. Palavra, Rio de Janeiro, (5):81-97.
______. 2001. Teoria linguística. São Paulo: Martins Fontes.
BERRUTO, Gaetano. 1979. La semántica. México: Nueva Imagen.
BONA, Alessio. 2008. Il turpiloquio nel serial: approccio alla traduzione, Tesi di laurea. (Laurea in Mediazione Linguistica e Culturale), Università degli Studi di Milano, Milano. Disponível em:http://antoniogenna.wordpress.com/2009/05/07/scrivo-anchio-il-turpiloquio-nei-serial-approccio-alla-traduzione/>.
BONISTALLI, Roberto. 2000. Classiche posizioni dell’amore. Per coppie novizie,riciclate o svogliate. Colognola ai Colli: Demetra.
BRITTO, Paulo Henrique. 2003. Desconstruir para quê?. Cadernos de Tradução, Florianópolis: NUT, (8):41-50.
BUENO, Alexei. 2004. Antologia pornográfica: de Gregório de Mattos a Glauco Mattoso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
DERRIDA, Jacques. 1998. Carta a um amigo japonês. (Trad. de Érica Lima). In: Paulo Ottoni (org.). Tradução: a prática da diferença. Campinas: Ed. Unicamp/Fapesp.
FRANCISCO, R.; ZAVAGLIA, C. 2008. Parece mas não é: as armadilhas na tradução do italiano para o português. São Carlos: Editora Claraluz.
HAENSCH, Gunther et al. 1982. La lexicografía. Madrid: Editorial Gredos.
LIMA, E.; SISCAR, M. 2000. O decálogo da desconstrução: tradução e desconstrução na obra de Jacques Derrida. Alfa, São Paulo, (44):99-112.
MAIOR, Mário Souto. 1980. Dicionário de palavrão e termos afins. 2.ed. Recife: Guararapes.
MATTOSO, Glauco. 1990. Dicionarinho do palavrão e correlatos. Inglês-português/português-inglês. Rio de Janeiro: Record.
OGDEN, C. K.; RICHARDS, I. A. 1972. O significado de significado. (Trad. de Álvaro Cabral). Rio de Janeiro: Zahar Editores.
PALMER, F. R. 1979. A semântica. Lisboa: Edições 70.
PICOCHE, Jacqueline. 1992. Précis de lexicologie française. Paris: Nathan Université.
PRETI, Dino. 1984. A linguagem proibida: um estudo sobre a linguagem erótica. São Paulo: Queiróz.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. 2000. Traição versus transgressão: reflexões acerca da tradução e pós-modernidade. Alfa, São Paulo, (44):123-130.
REY, Alain. 1970. La lexicologie. Paris: Klincksieck.
REY-DEBOVE, Josette. 1984. Léxico e dicionário. (Trad. de Clóvis Barleta de Morais). Alfa, São Paulo, (28):45-69.
RODRIGUES, Cristina Carneiro. 2000a. Tradução e diferença. São Paulo: Editora UNESP.
______. 2000b. Tradução: a questão da equivalência. Alfa, São Paulo, (44):89-98.
SAUSSURE, Ferdinad. 2006. Curso de linguística geral. (Trad. de Antonio Chellini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein). São Paulo: Cultrix.
SCERBO, Ercole. 1991. Il nome della cosa. Nomi e nomignoli degli organi sessuali. Milano: Mondadori.
TARTAMELLA, Vito. 2006. Parolacce. Perché le diciamo, che cosa significano, quali effetti hanno. Milano: BUR.
VÁRIOS. 1990. 2500 Palavrões. São Paulo: Flash.
VÁRIOS. 2005. Svergognate. Roma: Edizioni Ariete.
VENUTI, L. 1986. The Translator’s Invisibility. Criticism. vol. XXVIII, nº 2, pp. 179-212.
XATARA, C. M.; RIVA, H. C.; RIOS, T. H. C. 2002. As dificuldades na tradução de idiomatismos. Cadernos de Tradução, Florianópolis: NUT, (8):183-194.
______.; OLIVEIRA, W. L. de. 2002. Dicionário de provérbios, idiomatismos e palavrões: francês-português / português-francês. São Paulo: Cultura.
ZANNI, Marco. 2000. Ditelo con gli insulti (e non accontentatevi di un semplice vaffanculo). Dizionario completo degli insulti italiano-inglese. Milano: Baldini&Castoldi.
ZAVAGLIA, Claudia. 2003. Ambiguidade gerada pela homonímia: revisitação teórica, linhas limítrofes com a polissemia e proposta de critérios distintivos. Delta, São Paulo, 19(1):337-266.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 Vivian Orsi, Claudia Zavaglia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.