As máscaras das máscaras: copi e a escrita transformista

Autores

  • Renata Pimentel Universidade Federal Rural de Pernambuco

Resumo

Copi: pseudônimo de Raul Botana (Buenos Aires, 1939 — Paris, 1987). Egresso de família atuante na cultura e política, opondo-se à ditadura peronista, acabou exilado no Uruguai e, depois, em Paris; onde se instalou definitivamente (1962). A escritura copiana tem forte valor político: suas novelas são protagonizadas por personagens mutantes, que vivem a homo(sexualidade) e sempre estão envolvidas em processos de travestismos, sadomasoquismos, uso de drogas e mortes. A partir da ficção de Copi, surge a idéia da ‘escrita transformista”, centro deste artigo.

Biografia do Autor

Renata Pimentel, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Bacharelado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (1993), mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (2001) e Doutorado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Desenvolve estudos relacionados a teoria e crítica literárias, sobretudo nos contextos da literatura brasileira e latinoamericana, em especial na narrativa de ficção e na dramaturgia. É líder do Grupo de Estudos Literários Comparados (GELC), cadastrado na base do CNPq e certificado pela UFRPE; também é pesquisadora vinculada ao Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Linguagem (NIEL).

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Publicado

20-07-2007

Como Citar

Pimentel, R. (2007). As máscaras das máscaras: copi e a escrita transformista. Revista Investigações, 20(1), 149–170. Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/view/1466

Edição

Seção

Artigo - Linguística (seção livre)