Camões e Osman Lins: uma aproximação bem maquinada
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2024.263561Palavras-chave:
Camões, Osman Lins, máquina do mundo, erosResumo
Em Avalovara, de Osman Lins, uma semivelada convergência com Camões se insinua. A protagonista feminina assiste à montagem de um aparato no espaço relacionado ao seu destino. Um adjetivo bem plantado e uma rima trazem a antiga máquina do mundo do poema de Camões para o romance contemporâneo. A envergadura das duas máquinas as aproxima: o artefato osmaniano capta os fastos do mundo e os verte em , que se torna “a foz terrível das coisas”. Os desdobramentos da máquina osmaniana têm notas sinistras, mas a ela se entrelaça um Eros cosmogônico, assim como da máquina camoniana irradia-se o Amor.
Palavras-chave: Camões. Osman Lins. Máquina do mundo. Eros.
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