A “segunda história”: considerações sobre romance português contemporâneo
Abstract
O presente artigo pretende apresentar alguns dos principais temas e procedimentos da prosa portuguesa contemporânea, produzida a partir de 1974. Entre os seus procedimentos mais evidentes estão o comentário metafi ccional e a obsessão com a História oficial do país, o que caracteriza uma ficção comprometida em questionar os seus limites de representação e reavaliar criticamente seu passado recente.References
ANTUNES, António Lobo. 2006. Conhecimento do inferno. Rio de Janeiro: Objetiva.
______. Memória de elefante. 2006. Rio de Janeiro: Objetiva.
ALVES, Maria Theresa Abelha. 2006. O óbulo de Caronte: Ursamaior de Mário Cláudio. In: DUARTE, Lélia Parreira (org). As máscaras de Perséfone: figurações da morte nas literaturas portuguesa e brasileira contemporâneas. Rio de Janeiro: Bruxada; Belo Horizonte, MG: Ed. PUC Minas.
ARNAUT, Ana Paula. 2002. Post-modernismo no romance português contemporâneo. Fios de Ariadne. Máscaras de Proteu. Coimbra: Almedina.
BESSA-LUÍS, Agustina. 1985. A monja de Lisboa. Lisboa: Guimarães Editores.
______. 2002. Fanny Owen. Lisboa: Guimarães Editores.
CERDEIRA, Teresa Cristina. 1999. Na crise do histórico, a aura da história. In: CARVALHAL, Tânia Franco; TUTIKIAN, Jane (orgs). Literatura e História: três vozes de expressão portuguesa. Porto Alegre: Editora da Universidade/EFRGS.
CLÁUDIO, Mário. 1986. Amadeo. Imprensa Nacional/ Casa da Moeda.
______. 2000. Ursamaior. Lisboa: Dom Quixote.
GINZBURG, Carlo. 2002. Relações de força – história, retórica, prova. Trad. Jônatas Batista Melo. São Paulo: Companhia das Letras.
GOMES, Álvaro Cardoso. 1993. A voz itinerante. São Paulo: Edusp.
HERCULANO, Alexandre; GARRETT, Almeida. 1959. O bobo e O Arco de Sant’Anna. São Paulo: W. M. Jackson Inc. Editores.
HUTCHEON, Linda. 1991. A poética do pós-modernismo. Tradução Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago.
JENKINS, Keith. 2004. A história repensada. Tradução Mário Vilela. São Paulo: Contexto.
JORGE, Lídia. 1999. O romance e o tempo que passa ou A convenção do mundo imaginado. Portuguese, literary & cultural studies, n. 2. New Bedford, Massachusetts: American Press Inc, Spring. Internet. Consultado em 14 jan. 08. URL: http:// www.plcs.umassd.edu/pdfs/plcs2-pt4.pdf
MACEDO, Helder. 1999. Partes de África. Rio de Janeiro: Record.
MARINHO, Maria de Fátima. 1999. O romance histórico em Portugal. Porto: Campo das Letras.
PIRES, José Cardoso. 1983. Balada da praia dos cães. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
______. O delfim. 1971. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
REIS, Carlos. 2004. A ficção portuguesa entre a Revolução e o fim do século. Scripta, Belo Horizonte, v. 8, n. 5, p. 15-45, 2º sem. 2004.
RIBEIRO, Margarida Calafate. 2004. Uma história de regressos – império, guerra colonial e pós-colonialismo. Porto: Edições Afrontamento.
SARAMAGO, José. 2006. O ano da morte de Ricardo Reis. São Paulo: Companhia das Letras.
______. 1990. História e ficção. Jornal de Letras, Artes e Ideias. Lisboa, n. 400, 6-12 de março de 1990.
______. 2002. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras.
______. 1992. Manual de pintura e caligrafia. São Paulo: Companhia das Letras.
______. 2004. Memorial do convento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
SEIXO, Maria Alzira. 1984. Ficção. Dez anos de literatura portuguesa (1974-1984): ficção. Colóquio/Letras, n. 78. Mar. 1984.
______. 2002. Os romances de António Lobo Antunes – análise, interpretação, resumos e guiões de leitura. Lisboa: Dom Quixote.
SILVA, Teresa Cristina Cerdeira da. 1989. José Saramago entre a história e a ficção: uma saga de portugueses. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989.
TODOROV, Tzvetan. 2003. Introdução ao verossímil. In: Poética da prosa. Trad. Cláudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2012 Gregório F. Dantas

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with Revista Investigações agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) license that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, even commercially.
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.