A marcação de gênero em quatro variedades do português: fatos sócio-históricos
Abstract
O presente estudo visa descrever um possível contínuo na marcação de gênero do crioulo falado em Cabo Verde, e no português nas comunidades rurais afrodescendentes de Muquém (AL) e de Helvécia (BA), e da cidade de Salvador, Bahia. Com essa comparação, verificaram-se as semelhanças e diferenças na marcação do gênero, estabelecendo paralelos entre processos de mudança na morfossintaxe nessas comunidades que passaram por um amplo e profundo contato linguístico em sua história.References
ALTAVILA, J. de. História da civilização das Alagoas. Maceió: EDUFAL, 1988.
ANDRADE, E. Les Îles du Cap-Vert: De la “Découverte” à l’Indépendance Nationale (1460–1975). Paris: L’Harmattan, 1996.
BAPTISTA, M. The Syntax of Cape Verdean Creole: the Sotavento varieties. Amsterdam: John Benjamins, 2002.
BAXTER, A.; LUCCHESI, D. Un paso más hacia la definición del pasado criollo del dialecto afro-brasileño de Helvécia (Bahia). In: Zimmermann, K. (Org.) Lenguas criollas de base lexical española y portuguesa. Frankfurt am Main: Vervuert, 1999. p. 119-141.
BICKERTON, D. Creole Languages and the Bioprogram. In: NEWMEYER, F. (Org.). Linguistics: The Cambridge survey. V. 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
BISMARCK LOPES, I. C. A concordância nominal de número no falar dos moradores da comunidade Muquém – AL: uma abordagem sociolinguística. Maceió, 2011. 36f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Letras – Português) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas.
CUNHA, A. S. de A. Presença e contribuição das línguas negro-africanas na constituição do português do Brasil: a alegada origem crioula e a variedade popular da língua falada nas terras de preto. Anais da Abanne, São Luís, Maranhão, 2003.
DEGRAFF, M. (ed.) Language Creation and Language Change: Creolization, Diachrony and Development. Cambridge, MA: MIT Press, 1999.
FERREIRA, C. Remanescentes de um falar crioulo brasileiro. In: FERREIRA, C. et al. (Org.) Diversidade do português do Brasil. Salvador: EDUFBA, p. 21-32, 1984.
FREITAS, D. República de Palmares: pesquisa e comentários em documentos históricos do século XVII. Maceió, EDUFAL, 2004.
FUNARI, P. P. A arqueologia de Palmares: sua contribuição para o conhecimento da cultura afro-americana. In: REIS, J. J. ; GOMES, F. S. (Org.). Liberdade por um fio: a história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
HOLM, J. Pidgins and Creoles. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
HUDSON, R.A. Sociolinguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 1980.
KIHM, A. Kriyol Syntax: The Portuguese-based Creole Language of Guinea-Bissau.
Amsterdam and Philadelphia: John Benjamins, 1994.
LOBO, T. Imigrantes portugueses na Bahia no século XIX: manutenção ou reestruturação de gramática? GELNE. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2000.
LOPES, N. S. Concordância nominal, contexto linguístico e sociedade. 2001. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
LUCCHESI, D. A variação na concordância de gênero em uma comunidade de fala afro-brasileira: Novos elementos sobre a formação do português popular do Brasil. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.
______. A concordância de gênero. In: LUCCHESI, D., BAXTER, A; RIBEIRO, I. (Org.). O português afro-brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2009.
MATTOSO, K. Família e sociedade na Bahia do século XIX. São Paulo: Corrupio/Brasília: CNPQ, 1988.
______. Bahia, século XIX: uma província no Império. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
PESSOA DE CASTRO, Y. A influência das línguas africanas no português brasileiro. In: Secretaria Municipal de Educação - Prefeitura da Cidade do Salvador (Org.). Pasta de textos da professora e do professor. Salvador: Secretaria Municipal de Educação, 2005.
PRICE, R. Palmares como poderia ter sido. In: REIS, J. J. ; GOMES, F. S. (Org.). Liberdade por um fio: a história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das letras, 1995.
SALGADO, S.S. A concordância entre sujeito e predicativo do sujeito na fala da comunidade quilombola de Muquém AL: estudo sócio-histórico lingüístico. 2010. Dissertação (Mestrado em Linguística)– Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, Maceió.
SANTOS, D. N. O uso da variante /e/ no final das palavras monossilábicas Deus e mais por falantes da comunidade Muquém. 36f. 2004. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Letras) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, Maceió.
VIANA FILHO, L. O negro na Bahia: um ensaio clássico sobre a escravidão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
ZIMMERMANN, K. O português não-padrão falado no Brasil: a tese da variedade pós-crioula. In: Zimmermann, K. (org.) Lenguas criollas de base lexical española y portuguesa. Frankfurt am Main: Vervuert: 441-476, 199
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2016 Ícaro Bismarck Lopes, Danniel Carvalho

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with Revista Investigações agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) license that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, even commercially.
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.