A inexpressão eloquente do signo fraturado: esforços hermenêuticos e movências patéticas
Résumé
O presente artigo busca situar Vieira e seu conjunto de sermões enquanto produto e parte de um controle que, ao mesmo tempo em que institui o orador como alguém autorizado a dizer, cerceia o que pode e deve ser dito. Tem-se então uma reflexão sobre as letras seiscentistas a partir da impossibilidade de se referir à divindade e ao mistério apostólico como objeto de discurso. Problema este que aqui se acentua a partir da caracterização da linguagem tomada mediante a incompletude e a impossibilidade do discurso contemplar plenamente aquilo que nomeia.
Références
AGOSTINHO, Santo. 2002. A doutrina cristã. São Paulo: Paulus.
ARISTOTE. 1994. Art rhétorique. In: Art rhétorique et art poétique. Paris: Garnier Frères.
BARILLI, Renato. 1989. Rhetoric. Mineápolis: University of Minnesota Press.
BARTHES, Roland. 1964. Essais critiques. Paris: Seuil.
CASSIN, Barbara. 2005. De uma sofística a outra: boas e más retóricas. In: O efeito sofístico. São Paulo: Editora34, p. 143-211.
CERTEAU, Michel de. 1982. La fable mystique, 1. XVIe-XVIIe siècle. Paris: Gallimard.
CÍCERO. 1957. De l’orateur. Paris: Les Belles Lettres, vol I.
DESBORDES, Françoise. 2006. Scripta varia. Rhétorique antique et littérature latine. Bondgenotenlaan: Peeters Publishers.
DELÈGUE, Yves. 1990. La perte des mots. Essai sur la naissance de la “littérature” aux XVIe et XVIIe siècles. Strasbourg: Presses Universitaires de Strasbourg.
DELEUZE, Gilles. 1969. Platon et le simulacre. In: Logique du sens. Paris: Minuit.
DETIENNE, Marcel. 1981. Les maîtres de verité dans La Grèce archaïque. Paris: Maspero.
MÉDERIC, Dufour. Introduction. In: ARISTOTE. 1991. Rhétorique. Paris: Les Belles Lettres, vol I.
FOUCAULT, Michel. 2005. As palavras e as coisas. Lisboa: Edições70.
______. 2010. A ordem do discurso, São Paulo, Loyola.
FUMAROLI, Marc. 1995. L’école Du silence. Le sentiment dês images au XVIIe siècle. Paris: Flammarion.
______. L’Age de l’eloquence. Rhétorique et “res literária” de la renaissance au seuil de l’époque classique. 2009. Genève: Droz.
BÉNICHOU, Paul. 1973. Le sacre de l’écrivan: 1750-1830. Paris: José Corti.
BLANCHOT, Maurice. 1959. Le livre à venir. Paris: Gallimard.
COSTA LIMA, Luiz. 1995. Imitatio e barroco. In: Vida e Mímesis. Rio de Janeiro: Editora 34.
______. 2007. O controle religioso do imaginário. In: Trilogia do Controle. Rio de Janeiro: Topbooks.
LEUPIN, Alexandre. 1993. Fiction et incarnation. Littérature et théologie au Moyen Âge. Paris: Flammarion.
LICHTENSTEIN, Jacqueline. 1999. La couleur éloquente. Paris: Flammarion.
MANDROU, Robert. 1960. “Le Baroque européen: mentalité pathétique et révolution social”. Anales, Armand Colin, XV:5.
MARAVALL, José Antônio. 2009. A cultura do Barroco: análise de uma estrutura histórica. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
MORÁN, Manuel; ANDRÉS-GALLEGO, José. 1995. The preacher. In:
VILLARI, Rosario (Org.). Baroque personae. Chicago/Londres: University of Chicago Press, p. 126-160.
MURPHY, James. 1990. Ars praedicandi: the art of preaching. In: Rhetoric in the Middle Ages. A History of rethorical theory from St. Augustine to the Renaissance. 6 ed. Berkeley/Los Angeles/Londres: University of California Press.
OLIVEIRA, Ana Lúcia. M. de. 2003. Por quem os signos dobram: uma abordagem das letras jesuíticas. Rio de Janeiro: EdUERJ.
PÉCORA, Alcir. 2008. Teatro do Sacramento: a unidade teológico-retórico-política dos sermões de Antônio Vieira. São Paulo: EDUSP, Campinas: Editora Unicamp.
PLATON. 1964. Le banquet et phèdre. Paris: Flammarion.
SARTRE, Jean-Paul. 1985. Qu’est-ce que la littérature? Paris: Gallimard.
SCHNAPP, Jeffrey T. 1998. Lições de leitura: Agostinho, Proba e o détournemant cristão da Antiguidade. Rio de Janeiro: Cadernos da Pós/Letras Uerj.
VIEIRA, Antônio. 2015. “Sermão da Segunda Dominga da Quaresma”. In: Obra completa padre Antônio Vieira: Tomo II parenética, volume III: sermões da quaresma. Direção de José Eduardo Franco e Pedro Calafate. 1 ed. São Paulo: Edições Loyola.
ZUMTHOR, Paul. 1975. Langue, texte, enigme. Paris: Seuil.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Felipe Lima da Silva 2015

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.