Formas históricas: o romance e a cisão do mundo
Résumé
Utilizando-se da noção de “formas históricas”, o presente trabalho busca compreender, na passagem da epopeia ao romance, como condições históricas e filosóficas foram plasmadas por este gênero, permitindo-o tornar-se a forma literária por excelência da era moderna. Analisaremos a sua representação de uma paisagem humana cujo significado lhe é imanente (e não transcendental, como na epopeia), seu modo particular de apreensão dos mitos e o seu caráter intensamente subjetivo, arguindo suas possibilidades de urdir o eu e o outro ao mesmo tempo em que é considerado uma “forma da crise”Références
ARISTÓTELES. 2005. Poética. In. ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. 12. ed. São Paulo: Cultrix, pp. 19-52.
BAKHTIN, Mikhail. 1998. Epos e romance (sobre a metodologia do estudo do romance). In: _____. Questões de Literatura e de Estética (A Teoria do Romance). 4. ed. São Paulo: Editora UNESP, pp. 397-427.
CANCLINI, Néstor García. 2003. Quién habla y en qué lugar: sujetos simulados e interculturalidad. Estudos de literatura brasileira contemporânea. Brasília, n. 22, pp. 15-37, julho/dezembro.
FRYE, Northrop. 2000. Fábulas de identidade: ensaios sobre mitopoética. São Paulo: Nova Alexandria.
HALL, Stuart. 2006. A identidade em questão. In: _____. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, pp. 7-22.
JAMESON, Frederic. 1985. Em defesa de Georg Lukács. In: –. Marxismo e forma: teorias dialéticas da literatura no século XX. São Paulo: Editora HUCITEC, pp. 127-160.
JOLLES, André. 1976. O Mito. In: _____. Formas simples. São Paulo: Cultrix, PP. 83-108.
KANT, Immanuel. 2003. Crítica da razão pura. São Paulo: Martin Claret.
LIMA, Luiz Costa. 2003. A explosão das sombras: mímesis entre os gregos. In: _____. Mímesis e modernidade: formas das sombras. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, pp. 25-84.
LUKÁCS, Georg. 2000. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. 34. ed. São Paulo: Duas Cidades.
RODRIGUES, Raquel Imanish. 2005. Teatro e crise. Novos estudos CEBRAP. São Paulo, n. 71, pp. 209-219, mar.
SZONDI, Peter. 2001. Teoria do drama moderno [1880-1950]. São Paulo: Cosac & Naify Edições.
WATT, Ian. 1990. O realismo e a forma romance. In: _____. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 11-33.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Newton de Castro Pontes 2010

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.