Variação e mudança na sintaxe como competição de gramáticas
Resumo
Discuto, neste artigo, um modelo teórico para o estudo da mudança sintática viacompetição de gramática (Kroch 1989). Defendo que o estudo da variação e mudançasintática, nessa perspectiva, estabelece um ponto de diálogo entre a observaçãoempírica na gradação de formas variantes no curso do tempo, num ambienteheterogêneo (Weinreich, Labov e Herzog 1968; Labov 1982) e a análise explicativada teoria da gramática.Referências
BARBOSA, Pilar. 2000. Clitics: a window into the Null Subjetc Property. In: João Costa (ed). Portuguese syntax – new comparative studies. Oxford: University Press, pp. 31-93.
CARNEIRO, Zenaide de Oliveira Novais. 2005. Cartas brasileiras (1809-1904): um estudo linguístico-filológico. Tese de Doutorado. UNICAMP.
CHOMSKY, Noam. 1981. Lectures on government and binding. Dordrecht: Foris.
______. 1986. Knowledge of language: Its nature, origin and use. New York: Praeger.
CYRINO, Sonia. 2007. Mudança sintática e português Brasileiro. In: CASTILHO, Ataliba; TORRES MORAIS, Maria Aparecida; LOPES, Ruth & CYRINO, Sonia (org.). Descrição, história e aquisição do português brasileiro. Campinas: Pontes. pp. 361-373.
GALVES, Charlotte. 2004. Padrões rítmicos, fixação de parâmetros e mudança linguística – Fase II. UNICAMP CAMPINAS. (Projeto de pesquisa FAPESP).
GALVES, Charlotte; TORRES MORAIS, Maria Aparecida; RIBEIRO, Ilza. 2005. Syntax and Morphology in the placement of clitics in European and BrazilianPortuguese. Jornal of Portuguese Linguistics, vol. 4, nº2, Studies in the comparativesyntax of European and Brazilian Portuguese, pp. 143-177.
GALVES, Charlotte; BRITTO, Helena; PAIXÃO DE SOUSA, Maria Clara. 2005. The Change in Clitic placement from Classical to Modern European Portuguese: Results from the Tycho Brahe Corpus. Journal of Portuguese Linguistics, Vol. 4, n.1,Special Issue on variation and change in the Iberian languages: the Peninsula and beyond, pp. 39-67.
HUBER, Joseph. 2006. Gramática do Português Antigo. 2ª edição – tradução de Maria Gouveia Delilie. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. [1933]
KROCH, Anthony. 1989. Reflexes of Grammar in Patterns of Language Change. Language Variations and Change, (1):199-244.
______. 2001. Syntactic Change. In. Baltin & Collins (eds.). The handbook of contemporary syntactic theory. Massachusetts. USA: BlackWell, pp. 699-729.
______. 2003. Mudança sintática. «http://www.ling.upenn.edu/ kroch». Traduzido por Silvia Cavalcante.
______; TAYLOR, Ann. 1997. Verb Movement in Old and Middle English:
dialect variation and language contact. In: KEMENADE, A.Van & VINCENT, N. (orgs.), Parameters of morphosyntactic change. Cambridge: Cambridge University Press, pp.297-325.
LABOV, William. 1972. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of
Pennsylvania Press.
______. 1978. Where does the linguistic variable stop? A response to Beatriz Lavandera. Working Papers in Sociolinguistics 44.
______. 1982. Building on empirical foundations. In: Lehmann , Winfred
P. & Malkiel, Yakov (eds.). Perspectives on Historical Linguistics. Amsterdam/ Philadelphia: John Benjamins, pp. 17-92.
LAVANDERA, Beatriz. 1978. Where does the sociolinguistic variable stop? Language in Society (7):82-171.
LIGHTFOOT, David. 1999. The development of language: Acquisition, change, and evolution. Malden: Blackwell/Maryland lectures in language and cognition.
LOBO, Tânia. 1992. A colocação dos clíticos em Português. Duas sincronias em Confronto. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras.
MARTINS, Ana Maria. 1994. Clíticos na história do português. Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras.
MARTINS, Marco Antonio. 2009. Competição de gramáticas do português na escrita catarinense dos séculos 19 e 20. Tese de Doutorado, Programa de pós-graduação em Linguística/UFSC.
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. 2008. Caminhos da Linguística Histórica – ouvir o inaudível. São Paulo: Parábola Editorial.
______. 2006. O português arcaico – fonologia, morfologia e sintaxe. São Paulo: Contexto.
MILROY, Lesley & GORDON, Matthew. 2003. Sociolinguistics: method and
interpretation. Oxford: Blackwell Publishing.
PAIXÃO DE SOUSA, Maria Clara. 2004. Língua Barroca: Sintaxe e História do português nos 1600. Tese de doutoramento, Campinas: IEL/UNICAMP.
______. 2006. Linguística Histórica. In: Pfeiffer , Claudia Catellanos &
Nunes, José Horta (orgs.). Introdução às ciências da linguagem – Linguagem, história e conhecimento. Campinas: Pontes, pp. 11-48.
PAGOTTO, Emilio Gozze. 1992. A posição dos Clíticos em Português. Um estudo Diacrônico. Dissertação de mestrado, Universidade de Campinas.
WEINER, Judith; LABOV, William. 1983. Constraints on the agentless passive. Journal of linguistics (19):29-58.
WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG, Marvin. 1968. Empirical
foundations for a theory of language change. In: Lehmann, Winfred P. &
Malkiel, Yakov (eds.). Directions for Historical Linguistics. Austin: University of Texas, pp.95-188
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Marco Antônio Martins

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.