Um périplo pelo território duplo
Abstract
Este estudo objetiva apresentar algumas considerações teóricas acerca do duplo –um tema de abrangência considerável –, tais como: suas raízes na consciência mitológica de povos antigos; sua presença na religião e na fi losofi a platônica; um breve histórico de sua manifestação na literatura mundial e as modifi cações pelas quais passou; os tipos de duplo (“interno” e “externo”) e a sua representação através de variados elementos, como sósias, irmãos (gêmeos ou não), a sombra, o reflexo na água ou no espelho e a imagem captada pelo(a) quadro/retrato/fotografia.Riferimenti bibliografici
ABBAGNANO, Nicola. 2003. Dicionário de filosofia. Trad. Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes.
ANDERSEN, Hans Christian. 2004. A sombra. In: CALVINO, Italo (Org.). Contos fantásticos do século XIX: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo: Companhia das Letras, p. 285-297.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. 2006. São Paulo: Paulus.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 1986. O outro: esse difícil. In: –. Identidade e etnia: construção da pessoa e resistência cultural. São Paulo: Brasiliense, p. 7-11.
BRAVO, Nicole Fernandez. 2000. Duplo. In: BRUNEL, Pierre (Org.). Dicionário de mitos literários. Trad. Carlos Sussekind et al. 3. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, p. 261-288.
CALOBREZI, Edna Tarabori. 2001. Morte e alteridade em Estas Estórias. São Paulo: Edusp.
CARRATÉ, Juan Bargalló. 1994. Hacia uma tipología del doble: el doble por fusión, por fisión y por metamorfosis. In: –. (Org.). Identidad y alteridad: aproximación al tema del doble. Sevilha: Alfar, p. 11-26.
CESAROTTO, Oscar. 1996. No olho do outro. São Paulo: Iluminuras.
CHAMISSO, Adelbert Von; KELLER, Gottfried. s/d. A singular história de Peter Schlemihl, O traje faz o homem e Romeu e Julieta na aldeia. Trad. de Otto Schneider e Germano Thomsen. Rio de Janeiro: Ediouro.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. 1997. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Trad. Vera Costa e Silva et al. 11. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio.
COUVREUR, Catherine. 1995. Les “motifs” du double. In: –. Le double. Paris: Presses Universitaires de France, p. 19-37.
DOLEZEL, Lubomír. 1985. Le triangle du double: um champ thématique. Poétique, Seuil, n. 64, p. 463- 472.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. 2003. O duplo. Trad. Nina Guerra e Filipe Guerra. Lisboa: Editorial Presença.
DUMAS, Alexandre. 1954. Os irmãos corsos. Trad. Augusto Souza. São Paulo: Saraiva.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 1999. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
FINKLER, Gredes Rejane. 2000. O mito do duplo nos poemas de Ferreira Gullar. In: INDURSKY, Freda; CAMPOS, Maria do Carmo Alves de (Org.). Discurso, memória, identidade. Porto Alegre: Sagra-Luzzato, p. 261-270.
FRAYZE-PEREIRA, João A. 1994. A questão da alteridade. Psicologia USP, São Paulo, n. 5, p. 11-17.
FREUD, Sigmund. 1976. O “estranho”. In: –. Obras completas. v. VII. Rio de Janeiro: Imago, p. 85-124.
GOGOL, Nikolai V. 2004. O nariz. In: CALVINO, Italo (Org.). Contos fantásticos do século XIX: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano. São Paulo: Companhia das Letras, p. 187-211.
GOIMARD, Jacques; STRAGLIATI, Roland. 1995. Le thème du double. In: TROUBETZKOY, Wladimir. La figure du double. Paris: Didier, p. 25-35.
HOFFMANN, E.T.A. 2006. A imagem perdida. Disponível em: . Acesso em 8 dez.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Sales. 2001. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
JACQUES, Maria da Graça. 1998. Identidade. In: STREY, Marlene Neve et al. Psicologia social contemporânea: livro-texto. Petrópolis: Vozes, p. 159-167.
KRISTEVA, Julia. 1994. Estrangeiros para nós mesmos. Trad. Maria Carlota Carvalho Gomes. Rio de Janeiro: Rocco.
LAMAS, Berenice Sica. 2000. O duplo como representação da morte em conto de Julio Cortázar. In: INDURSKY, Freda; CAMPOS, Maria do Carmo Alves de (Org.). Discurso, memória, identidade. Porto Alegre: Sagra-Luzzato, p. 235-249.
______. 2004. O duplo em Lygia Fagundes Telles: um estudo em psicologia e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS.
LOUÇÃO, Paulo. 2002. Comentário filosófico. In: PLATÃO. A alegoria da caverna. Trad. Pinharanda Gomes. Lisboa: Ésquilo, p. 75-151.
MARTINHO, Cristina. 2006. Articulações do duplo na literatura fantástica do século XIX. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/ caderno09-04.html>. Acesso em: 1 fev.
MAUPASSANT, Guy de. 1997. Contos fantásticos: O Horla & outras histórias. Trad. José Thomaz Brum. Porto Alegre: L&PM.
MELLO, Ana Maria Lisboa de. 2000. As faces do duplo na literatura. In: INDURSKY, Freda; CAMPOS, Maria do Carmo Alves de (Org.). Discurso, memória, identidade. Porto Alegre: Sagra-Luzzato, p. 111-123.
MENDONÇA, Jeová Rocha de. 2001. O Retrato de Dorian Gray ou o Retrato de Oscar Wilde? Questões sobre a poética do duplo e biografismo. Conceitos, João Pessoa, v. 4, n. 6, p. 144-153, jul./dez.
MIGUET, Marie. 2000. Andróginos. In: BRUNEL, Pierre (Org.). Dicionário de mitos literários. Trad. Carlos Sussekind et al. 3. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, p. 26-39.
MORIN, Edgar. 1988. O homem e a morte. Trad. João Guerreiro Boto e Adelino dos Santos Rodrigues. Mira-Sintra: Publicações Europa-América.
MOURÃO, Eliane. 2003. Aproximações em nós: a configuração do estrangeiro em Julia Kristeva e Tzvetan Todorov. Scripta, Belo Horizonte, v. 7, n. 13, p. 55-71, 2º sem.
OLIVEIRA, Luiz Claudio Vieira de. 1998. O eu por detrás de mim: semiótica e psicanálise em Guimarães. In: MENDES, Lauro Belchior; OLIVEIRA, Luiz Cláudio Vieira (Org.). A astúcia das palavras: ensaios sobre Guimarães Rosa. Belo Horizonte: UFMG, p. 101-132.
PEIXOTO, Nelson Brissac. 1990. As imagens e o outro. In: NOVAES, Adauto (Org.). O desejo. São Paulo: Companhia das Letras; [Rio de Janeiro]: Funarte, p. 471-480.
PIETTRE, Bernard. 1985. Apresentação e comentários. In: PLATÃO. A república: livro VII. Trad. Elza Moreira Marcelina. Brasília: UNB.
PLATÃO. 2004. A república. Trad. Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural.
______. 2005. Mênon. Trad. Maura Iglesias. 3. ed. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Loyola.
______. 1979. O banquete. In: –. Diálogos. Trad. José Cavalcanti de Souza et al. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, p. 01-53.
POE, Edgar Allan. 2003. William Wilson. In: –. Histórias extraordinárias. Trad. Brenno Silveira et al. São Paulo: Nova Cultural, p. 77-100.
RANK, Otto. 1939. O duplo. Trad. Mary B. Lee. 2. ed. Rio de Janeiro: Coeditora Brasílica.
RICHTER, Anne. 1995. Les métamorphoses du double. In: –. (Org.). Histoires du doubles: d’Hoffmann à Cortázar. Bruxelles: Complexe, p. 7-23.
ROGERS, Robert. 1970. A psychoanalytic study of the double in literature. Detroit: Wayne State University Press.
ROSENFELD, Anatol. 1969. Aspectos do romantismo alemão. In: –. Texto/ Contexto: ensaios. São Paulo: Perspectiva, p. 145-168.
ROSSET, Clément. 1998. O real e seu duplo: ensaio sobre a ilusão. Trad. José Thomaz Brum. Porto Alegre: L&PM.
STEVENSON, Robert Louis. 2005. O médico e o monstro e outras histórias. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret.
TROUBETZKOY, Wladimir. 1996. L’ombre et la différence: le double en Europe. Paris: Presses Universitaires de France.
WILDE, Oscar. 1998. O retrato de Dorian Gray. Trad. Marina Guaspari. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2009 Adilson Santos

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.