Recursos Linguísticos Prosódicos como Facilitadores do Desenvolvimento da Linguagem na Clínica Fonoaudiológica do Autismo
Abstract
Este trabalho apresenta e discute questões referentes à comunicação não verbal no caso do autismo. Respaldando-nos em Marcuschi (2003), entendemos os recursos supra-segmentais, apesar da sua natureza linguística, como marcadores de caráter não-verbal, que correspondem aos contornos entoacionais, ao tom de voz, ao ritmo, aos alongamentos vocais, entre outros. Através de gravações de sessões terapêuticas fonoaudiológicas de duas crianças autistas, percebeu-se que os recursos linguísticos prosódicos desempenharam o papel de articular os segmentos do discurso, facilitar a compreensão, orientar o interlocutor durante a interação, traduzir o estado emocional dos interactantes e facilitar o acesso ao significado do discurso.Riferimenti bibliografici
ALVES, Luciana Mendonça et al. 2006. Aspectos temporais e entonativos na leitura e compreensão de crianças com transtorno de aprendizagem. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 11(3):151-7.
BRAZIL, David. 1987. Discussing discourse. Birmingham: English Language Research.
CHARLOP, M.H. 1983. The effects of echolalia on acquisition and generalization of receptive labeling in autistic children. Journal of Applied Behavior Analysis, 16(1):111-26.
DIONISIO, Angela Paiva; HOFFNAGEL, Judith Chambliss. 1996. Recursos
paralinguísticos e supra-segmentais em narrativas conversacionais. In: MAGALHÃES, M.I. org. As múltiplas faces da linguagem. Brasília: UNB, pp. 503-14.
FERRAZ-DE LIMA, Andréa Novaes. 2007. Recursos linguísticos e paralinguísticos na clínica fonoaudiológica do autismo. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Linguagem) – Universidade Católica de Pernambuco, Recife.
HOWLIN, Patricia. 1982. Echolalic and spontaneous phrase speech in autistic children. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 23(3):281-94.
JUBRAN, Clélia Cândida Abreu Spinardi. 2006. Tópico discursivo. In: JUBRAN, C.C.A.S e KOCH, I.G.V. orgs. Gramática do português culto falado no Brasil. Campinas: UNICAMP, pp. 89-132.
KANNER, Leo. 1943. Autistic disturbances of affective contact. Journal of Speech and Hearing Disorders, 2(3):217-50.
KNAPP, Mark L. 1982. La comunicación non verbal: el cuerpo y el entorno. Barcelona: Paidós Ibérica.
KOCH, Ingedore Grunfeld Vilaça. 2003. A inter-ação pela linguagem. 8. ed. São Paulo: Contexto.
______. 2006. Especificidade do texto falado. In: JUBRAN, C.C.A.S. e KOCH, I.G.V. orgs. Gramática do português culto falado no Brasil. Campinas: UNICAMP, pp. 39-46.
LOVELAND, Katherine; LANDRY, Susan. 1986. Joint attention and language in autism and developmental language delay. Journal of Autism and Developmental Disorders, 16(3):335-49.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. 1978-1999. Sistema mínimo de notações elaborado para as transcrições do projeto sobre fala e escrita. UFPE. (mimeo).
______. 2001. Letramento e oralidade no contexto das práticas sociais e eventos comunicativos. In: SIGNORINI, I. org. Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento. Campinas: Mercado das Letras, pp. 23-74.
______. 2003. Análise da Conversação. 5. ed. São Paulo: Ática.
______. 2005a. Oralidade e letramento como práticas sociais. In: MARCUSCHI, L.A. e DIONISIO, A.P. orgs. Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica, pp. 31-55.
______. 2005b. A oralidade no contexto dos usos linguísticos: caracterizando a fala. In: MARCUSCHI, L.A. e DIONISIO, A.P. orgs. Fala e escrita. Belo Horizonte: Autêntica, pp. 57-84.
______. 2006. Fenômenos intrínsecos da oralidade: hesitação. In: JUBRAN, C.C.A.S. e KOCH, I.G.V. orgs. Gramática do português culto falado no Brasil. Campinas: UNICAMP, pp. 48-70.
MELLO, Edmée Brandi. 1984. Educação da voz falada. Rio de Janeiro: Atheneu.
METTER, Jeffrey. 1991. Distúrbios da fala: avaliação clínica e diagnóstico. Rio de Janeiro: Enelivros.
PACCIA, Jeanne M.; CURCIO, Frank. 1982. Language processing and forms of immediate echolalia in autistic children. Journal of Speech and Hearing Research, 25(1):42-7.
PERISSINOTO, Jacy. 2003. Linguagem da criança autista. In: PERISSONOTO, J. org. Conhecimentos essenciais para atender bem a criança com autismo. São José dos Campos: Pulso, pp. 39-44.
PRIZANT, Barry M.; DUCHAN, Judith F. 1981. The functions of immediate echolalia in autistic children. Journal of Speech and Hearing Disorders, 46(3):241-9.
PRIZANT, Barry M.; RYDELL, Patrick J. 1984. Analysis of functions of delayed echolalia in autistic children. Journal of Speech and Hearing Research, 27(2):183-92.
RIVIÈRE, A. 2002. Idea: inventario de espectro autista. Buenos Aires: Fundec.
ROBERTS, Jacqueline. 1989. Echolalia and comprehension in autistic children. Journal of Autism and Developmental Disorders, 19(2):271-81.
RYDELL, Patrick J.; MIRENDA, Pat. 1991. The effects of two levels of linguistic constraint on echolalia and generative language production in children with autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, 21(2):131-57.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. 2006. O relevo no processamento da informação. In: JUBRAN, C.C.A.S e KOCH, I.G.V. org. Gramática do português culto falado no Brasil. Campinas: UNICAMP, pp. 167-215.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2010 Andréa Novaes Ferraz de Lima, Wagner Teobaldo Lopes de Andrade, Margíria Ana de Moura Aguiar, Francisco Madeiro

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.