Esaú e Jacó e os fins do humano
Abstract
Uma breve síntese dos romances de Machado de Assis é proposta: eles dramatizam a formação e a deformação da pessoa humana através de narradores e heróis cujas visões do outro e de si estão marcadas pela imaginação estética, pela fantasia introspectiva e pela reminiscência reparadora. O objeto destas obras é a constituição moral do sujeito. O desacordo do autor com a norma corrente do romance brasileiro da época se explicita através de heróis em desacordo consigo ou com o seu tempo. Neste sentido, Esaú e Jacó (1904) é um compêndio de temas e técnicas machadianas. A retrospecção e o narrador impróprio restauram a ironia através da visão resignada do conselheiro Aires. O contraponto entre a extinção do sujeito e a consciência vaidosa expõe explicitamente o desinteresse de Aires no tempo presente. Tal como nos demais romances maduros do autor, a pessoa moral apenas pode restaurar sua unidade através da reminiscência. Uma disjunção temporal, e de gênero, carateriza o modo como estes sujeitos se relacionam e observam a sua própria diluição. A nostalgia resolve a ligação elusiva de Aires com a modernidade.Downloads
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Copyright (c) 1969 José Luiz Passos

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