Uso e Pureza em Tratados Metalingüísticos Sobre o Português nos Séculos XVII e XVIII
Abstract
O presente artigo trata do esforço despendido nos tratados metalingüísticos pelos especialistas — gramáticos e ortógrafos da língua portuguesa —, para chegarem a uma norma culta e de prestígio. Com a passagem do império do latim ao idioma nacional, cresce visivelmente a consciência da estratificação sócio-dialetal da língua. No que se refere à escolha do registro a ser visto como padrão, são os fatores externos à língua (descobertas portuguesas, União Ibérica, Corte, Academias, modelo do Latim) que, no fim, tornaram-se decisivos.
Riferimenti bibliografici
ARGOTE, Jeronymo Contador de. 1725. Regras da lingua portugueza:
espelho da lingua latina, ou disposição para facilitar o ensino da lingua latina pelas regras da portugueza. Lisboa: Officina da Musica.
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. 1984. Historiografia da Língua Portuguesa. Lisboa: Sá da Costa.
BLUTEAU, Pe. Rafael. 1712–1728. Vocabulario Portuguez, e latino, aulico,
anatomico, architectonico [...] autorizado com exemplos dos melhores
escritores portuguezes e latinos,[...], Coimbra: Comp. de Jesus.
______. 1729. Prosas Portuguesas Recitadas em Diferentes Congressos
Academicos pelo Padre D. Rafael Blutaeu [...], Lisboa Occidental: Da Sylva.
BRIESEMEISTER, Horst. 1998. “Portugiesisch und Lateinisch. Humanismus und Sprachbewußtsein in Portugal im 15. und 16. Jahrhundert”. In: Martin Hummel; Christina Ossenkop (eds.) Lusitanica et Romanica: Festschrift für Festschrift Woll, Hamburg: Buske, p. 29-40.
CASTIGLIONE, Baldassare. 1998. Il libro del Cortegiano. Torino: Einaudi
.
FEIJÓ, João de Moraes Madureira. 1739. Orthographia, ou Arte de escrever, e pronunciar com acerto a Lingua Portugueza, Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues.[1734].
FONSECA, António Melo da. 1710. Antídoto da língua portuguesa. Lisboa.
FREIRE, Francisco José. 1759. Arte poética ou regras da verdadeira poesia em geral. Lisboa.
______. 1794. Dicionário poético, para o uso dos que pricipiaõ a exercitar-se na Poesia Portuguesa: Obra igualmente util ao orador principiante, Lisboa: Officina de Simão Thaddeu Ferreira [1765].
_____. 1842. Reflexões sobre a língua portuguesa. Lisboa: Soc. Propagadora dos Conhecimentos Úteis. [1773]
FURETIÈRE, Antoine. 1690. Dictionnaire Universel: Contenant generalement tous les Mots François tant vieux que modernes & les Termes des Sciences Et Des Arts ... ; Le tout extrait des plus excellens Auteurs anciens et modernes. Rotterdam : Leers.
GÂNDAVO, Pero Magelhães de. 1574. Regras que ensinam a maneira de
escrever e ortografia da língua Portuguesa, com um Diálogo que adiante se segue em defenas da mesma língua. Lisboa: António Gonçalves.
GONÇALVES, Maria Filomena. 1992. Madureira Feijó, Ortografista do
século XVIII. Para uma história da ortografia portuguesa, Lisboa: Ministério da Educação.
HUBER, Joseph. 1933. Altportugiesisches Elementarbuch. Heidelberg:
Carl Winter.
LÔBO, Francisco Rodrigues. 1945. Côrte na Aldeia. Lisboa: Sá da Costa.
MACHADO, José Pedro. 1945. “Introdução” zu Duarte Nunes de Leão:
Origem da Lingoa Portuguesa. Lisboa: Pro Domo, p. 1-223.
______. 1990. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, 5 vols., Lisboa: Livros Horizonte.
MARTÍNEZ GONZÁLEZ, Antonio. 2001. “De Espanha nem bom vento
nem bom casamento”. In: Werner Thielemann (ed.) (2001), p. 229–264.
— MONTE CARMELO, Fr. Luiz do. 1767. Compendio de orthografia, com
sufficientes Catalogos, e novas Regras, paraque em todas as Provincias, e Dominios de Portugal, possam os curiosos comprehender facilmente a Orthologia, Prosódia, isto he, a Recta Pronunciaçam, e Accentos proprios, da Lingua Portuguesa [...]. Lisboa: Galhardo.
MORAES SILVA, António de. 1789. Diccionario da Lingua Portugueza,
Lisboa: Typographia Lacerdina.
NUNES DO LEÃO, Duarte. 1864. Origem e Ortografia da lingoa portugueza. Obra util e necessaria, assim para bem escrever a lingua Portugueza, como a Latina, e quaesquer outras que da Latina tem origem: com hum tractado dos pontos das clausulas. Nova edição, correcta, e emendada, conforme a de 1784. Lisboa: Typographia do Panorama.[1606].
PEREIRA, Pe. Bento. 1741. Prosodia in Vocabularium bilingue, latinum,
et lusitanum, 3 vols. Évora: Typ. Academiae [1711].
QUINTILIAN, Marcus Fabius. 1988. Institutiones oratoriae, Libri XII /
Ausbildung des Redners, zwölf Bücher. Hrsgg. und übers. v. Helmut Rahn. Darmstadt: Wiss. Buchgesellschaft.
RAMALHO, Américo da Costa. 1999. “Humanismo em Portugal”, In:
Sybille Große / Axel Schönberger: Dulce et decorum est philologium colere. Festschrift für Dietrich Briesemeister. Berlin: DEE, vol. 2, p. 1085–1095.
SANTOS, Isabel Almeida. 2005. “Usus/ consuetudo, auctoritas, ratio: A
legitimação da actividade gramatical e os fundamentos da linguagem nos
autores do séc. XVIII”. In: Thielemann, Werner (ed.).
SARAIVA, António José de.; LOPES, Óscar. 1985. História da literatura
Portuguesa. Porto: Porto Editora / Coimbra: Liv. Arnado; Lisboa: Fluminense.
SIEBENBORN, Elmar. 1976. Die Lehre von der Sprachrichtigkeit und
ihren Kriterien – Studien zur antiken normativen Grammatik. Amsterdam: Grüner B.V.
THIELEMANN, Werner. 1999a. “Wörterbücher im 18. Jahrhundert, ihre
Tradition, ihre Wurzeln und ihre Zielstellungen — Bemerkungen zum
Wörterbuch von Pe Raphael Bluteau”. In: Sybille Große: Axel Schönberger (eds.) (1999) Dulce et decorum est philologiam colere. Festschrift für Dietrich Briesemeister zu seinem 65. Geburtstag, Berlin: DEE, vol.2, p. 1169–1187.
______. 1999b. “‘O português no Século das Luzes‘: Normvorstellungen
und Sprachstand anhand des Compêndio de Orthografia (1767) von Frei
Luiz do Monte Carmelo”. In: Annette Endruschat; Axel Schönberger (Hrsg.)(1999) Neue Beiträge zur portugiesischen Sprachwissenschaft, Frankfurt/M.: TFM, p. 71–104.
______. 2001. Século XVIII: Século das Luzes — Século de Pombal.
Frankfurt/M.: TFM.
______. 2001. “Língua culta — Palavras antiquadas — Plebeísmos. A
linguagem e a sociedade portuguesa na época do Marquês de Pombal”. In: Werner Thielemann (ed.) (2001): Século XVIII: Século das Luzes — Século de Pombal. Frankfurt/M.: TFM, p. 51–97.
______ . 2005. Século das Luzes: Portugal, Espanha, o Brasil e a Região do Rio da Prata. Frankfurt/M.: TFM (Biblioteca. Luso-brasileira, vol. 23).
VAUGELAS, Claude Favre de. 1647. Remarques sur la langue française
utiles a ceux qui veulent bien parler et bien escrire. (Éd. facs. J.Streicher, Paris 1934).
VERNEY, Luís António. 1949. Verdadeiro método de estudar, Lisboa: Sá
da Costa [1746].
VITERBO, Fr. Joaquim de Santa Rosa de. 1962. Elucidário
das palavras, termos e frases que antigamente em Portugal se usaram e que hoje praticamente se ignoram, Porto: Livraria Civilização. [1798].
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2007 Werner Thielemann

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.