Rotinas interativas mãe-bebê: constituindo gêneros do discurso
Resumo
Este artigo busca mostrar as primeiras interações entre mãe e bebê envolvendo o uso de gêneros do discurso dentro da esfera familiar, mostrando como, a partir das estratégias de atenção conjunta, as rotinas interativas começam a se organizar em torno de gêneros orais diversos: como a conversa, o jogo, a história, as cantigas. Para isso, trabalho com autores como Bruner (1983) Tomasello (2003) e McNeill (1985) no que diz respeito à aquisição da linguagem e gestualidade, respectivamente; e Bakhtin (1979), no que se refere aos gêneros textuais.Referências
BATES, E.; CAMAIONI, L.; VOLTERRA, V. 1979. The Acquisition of Performatives Prior to Speech. In: OCHS, E.; SCHIEFFELIN, B. B. (orgs.). Developmental Pragmatics. London: Academic Press.
BRUNER, J. 1978. The ontogenesis of speech acts”. Journal of child language. Vol. 2 Nº 1. Cambridge: CUP.
______. 1983. Childs Talk. Oxford: OUP.
BUTCHER, C.; GOLDIN-MEADOW, S. 2000. Gesture and the transition from one-to-two-word speech: when hand and mouth come together. In: MCNEILL, D. (ed.). Language and gesture. Cambridge: CUP.
CAVALCANTE, M. C. B. 1994. O gesto de apontar como processo de co-construção nas interações mãe-criança. Dissertação de Mestrado, UFPE. ______. 1999. Da voz à língua: a prosódia materna e o deslocamento do sujeito na fala dirigida ao bebê. Tese de Doutoramento, IEL/UNICAMP. ______.; NASLAVSKY, J. P. N. A matriz inicial da subjetividade tendo como locus a dialogia do/no manhês. In: BRIAN, A.P.; SILVA, M. Silva; LYRA, M. (orgs.). Microgênese: Estudo do Processo de Mudança. (A sair pela ARTMED).
CLARK, E.V. 1978. From Gesture to Word: On the Natural History of Deixis in Language Acquisition. In: BRUNNER, J. S. Brunner; GARTON, A. (eds.). Human Growth and Development. Oxford: Clarendon Press, p. 85-117.
DE LEMOS, C. T. G. 1986. interacionismo e aquisição de linguagem. Revista D.E.L.T.A. Vol. 2. São Paulo: Editora da PUC-SP.
______. 1992. Los processos metafóricos y metonímicos como mecanismos del cambio. Substratum, vol.1, n. 1.
______. 1995. Língua e discurso na teorização sobre aquisição da linguagem. Letras de Hoje, no. 4.
GOLDIN-MEADOW, S. 1993. When does gesture become language? A study of gesture used as a primary communication system by deaf children of hearing parents”. In: GIBSON, K. R.; INGOLD, T. (eds). Tools,Language and Cognition in Human Evolution. Cambridge: CUP.
______.; ALIBALI, M.; CHURCH, R. B. 1993. Transitions in concept acquisition: Using the hands to read the mind. Psychological Review 100 (2): 279-297.
______.; WEIN, D.; CHANG, C. 1992. Assessing knowledge through gesture: Using children's hands to read their minds. Cognition and Instruction 9 (3): 201-219.
KENDON, A. 1982. The Study of Gesture: someremarks on its history. Recherches sémiotiques/semiotic inquiry 2: 45-62.
______. 2000. Language and Gesture: Unity or Duality? In: MCNEIL, D. (ed.), Language and Gesture. Cambridge: CUP, pp. 47-63.
LAVER, J. 1991. The Gift of Speech. Papers in the Analysis of Speech and Voice. Edinburgh: Edinburgh University Press. pp. 235-264.
______. 2000. Unifying principles in the description of voice, posture and gesture. In: CAVE, C. ; GUAITELLA, I. Interations et comportement multimodaux dans la communication. Paris: L’Harmattan.
______.; TRUDGILL, P. 1979. Phonetic and linguistic markers in speech". In: SCHERER, K.; GILES, H. (eds). Social Markers in Speech. Cambridge: CUP, p. 1-32.
______. ; HANSON, R. 1981. Describing the normal voice. In: DARBY, J. (ed.). Evaluation of speech in psychiatry. New York: Grune & Stratton, p. 51-78.
MARCUSCHI, L. A. 2005. Oralidade e Letramento como práticas sociais. In: MARCUSCHI, L. A.; DIONISIO, A. P. (orgs.), Oralidade e Escrita. Belo Horizonte: Autentica/MEC/CEEL.
MCNEILL, D. 1985. So you think gestures are nonverbal? Psychological Review. Vol 92(3): 350-371.
______. 2000. Introduction. In: MCNEILL, D. (ed.). Language and Gesture. Cambridge: CUP.
MORATO, E. M. 2004. O interacionismo no campo lingüístico. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (orgs.). Introdução à lingüística: fundamentos epistemológicos, Vol. 3. São Paulo: Cortez.
TOMASELLO, M. 2003. Origens Culturais da Aquisição do Conhecimento Humano. Trad. Cláudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes.
______. 1995. Understanding the self as social agent. In: ROCHAT, P. (ed.). The Self in Early Infancy. Theory and Research: 449-460. Amsterdam: Elsevier.
______.; TODD, J. 1983. Joint attention and lexical acquisition style. First Language, 4:197-212.
WERNER, H.; KAPLAN, B. 1963. Symbol Formation.Worcester: Clark University.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.