EFLORESCÊNCIAS SALINAS DO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE PEDRA DO CASTELO, PIAUÍ, BRASIL

Authors

  • Luis Carlos Duarte Cavalcante Dicente, Mestrado em Arqueologia, UFPI.
  • José Domingos Fabris Departamento de Química, UFMG
  • Maria Conceição Soares Menezes Lage Docente Mestrado em Arqueologia, UFPI

DOI:

https://doi.org/10.20891/clio.v30i1p120-142

Keywords:

Arte rupestre, eflorescência salina, difração de raios X

Abstract

As fases mineralógicas das amostras de eflorescências salinas do sítio de arte rupestre Pedra do Castelo, Piauí, Brasil, foram estudadas por difração de raios X pelo método do pó e consistem essencialmente de newberita (MgHPO4 . 3H2O), sulfato de alumínio e potássio (KAl(SO4)2), KAl3(SO4)2(OH)6, taranakita, (H6K3Al5(PO4)8 . 18H2O) e quartzo (SiO2). Gipsita (CaSO4 . 2H2O) e fosfato de alumínio (AlPO4) também foram identificados. A análise das eflorescências salinas é muito importante, não apenas de um ponto de vista químico-mineralógico, mas também da arte rupestre e das paredes de arenito que estão em processo acelerado de degradação. Os depósitos salinos estão causando a destruição das pinturas rupestres.

 

ABSTRACT

The mineralogical phases of the samples of saline efflorescences from Pedra do Castelo rock art site, Piauí, Brazil, were studied by powder X-ray diffraction and essentially consist of magnesium hydrogen phosphate hydrate (newberyite, MgHPO4 . 3H2O), potassium aluminum hydrogen phosphate hydrate (taranakite, H6K3Al5(PO4)8 . 18H2O), potassium aluminum sulfate (KAl(SO4)2), potassium aluminum sulfate hydroxide (KAl3(SO4)2(OH)6) and silicon oxide (quartz, SiO2). Gypsum (CaSO4 . 2H2O) and aluminium phosphate (AlPO4) were also identified. The analysis from the saline efflorescences is very important, not only of a point of view chemical-mineralogical, but also of the rock art and of the sandstone walls that are in process accelerated of degradation. The saline deposits are causing the destruction of the rock paintings.

Keywords: Rock arts; aline efflorescence; X-ray diffraction.


References

ALVES, T. L.; BRITO, M. A. M. L.; LAGE, M. C. S. M.; CAVALCANTE, L. C. D.; FABRIS, J. D. 2011. “Pigmentos de pinturas rupestres pré-históricas do sítio Letreiro do Quinto, Pedro II, Piauí, Brasil”. Química Nova vol. 34 (2) 181−185.

CAVALCANTE, L. C. D. 2012. Caracterização arqueométrica de pinturas rupestres pré-históricas, pigmentos minerais naturais e eflorescências salinas de sítios arqueológicos. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil.

CAVALCANTE, L. C. D.; ABREU, R. R. S.; LAGE, M. C. S. M. 2009. “Pigmentos pré-históricos e eflorescências salinas na Toca do Estevo III”. Fumdhamentos vol. 1 (8) 107−114.

CAVALCANTE, L. C. D.; ABREU, R. R. S.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D.; PINTO, C. O. B. M. 2007a. “Eflorescências salinas na Toca do Boqueirão da Pedra Furada e Toca do Fundo do Baixão da Pedra Furada”. Canindé vol. 10 239−249.

CAVALCANTE, L. C. D.; GONÇALVES, R. N.; FABRIS, J. D. 2013a. “Análise química e mineralógica de pinturas rupestres da Pedra do Dicionário, Piripiri, Piauí, Brasil”. In: ALBUQUERQUE, M. L.; BORGES, S. E. N. Identidades e diversidade cultural: patrimônio arqueológico e antropológico do Piauí-Brasil e do Alto RibatejoPortugal. Teresina – Mação: FUNDAC – CEIPHAR / ITM, p. 34−52.

CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M. 2010. “Fósforo inorgânico, fósforo orgânico e fósforo total como indicadores de ocupação humana pré-histórica: otimização e validação de metodologia em paleossedimentos”. Clio Arqueológica vol. 25 (2) 11−36.

CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D. 2008b. “Análise química de pigmento vermelho em osso humano”. Química Nova vol. 31 (5) 1117−1120.

CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; SANTOS, L. M.; FARIAS FILHO, B. B.; FONTES, L. M. 2007b. “Pedra do Castelo: arqueologia, fé, mistério e encantamento”. Clio Arqueológica vol. 1 (22), 215−229.

CAVALCANTE, L. C. D.; LUZ, M. F.; GUIDON, N.; FABRIS, J. D.; ARDISSON, J. D. 2011. “Ochres from rituals of prehistoric human funerals at the Toca do Enoque site, Piauí, Brazil”. Hyperfine Interactions vol. 203 (1−3), 39−45.

D’ALENCASTRE, J. M. P. 1857. “Memoria Chronologica, Historica e Corographica da Provincia do Piauhy”. Revista do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, tomo XX,1º trimestre, 5−164.

FARIAS FILHO, B. B.; LAGE, M. C. S. M.; FONTES, L. M.; SANTOS, L. M.; CAVALCANTE, L. C. D.; FABRIS, J. D.; BENDASSOLLI, J. A. 2012. “Reconstituição da paleodieta de populações humanas de sítios arqueológicos do Parque Nacional Serra da Capivara”. Revista de Arqueología Americana vol. 30, 219−240.

JCPDS – Joint Committee on Powder Diffraction Standards. 1980. Mineral Powder Diffraction Files Data Book. Pennsylvania: Swarthmore.

LAGE, M. C. S. M. 1996. “Análise química de pigmentos de arte rupestre do sudeste do Piauí”. Revista de Geologia vol. 9, 83−96.

LAGE, M. C. S. M. 1990. Etude archéométrique de l’art rupestre du sud-est du Piauí – Brésil. Tese de Doutorado, Université de Paris I (Pathéon – Sorbonne), Paris, França.

LAGE, M. C. S.; CAVALCANTE, L. C. D.; SANTOS, J. S. 2007. “Estudo químico de sedimentos arqueológicos do Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí – Brasil”. Fumdhamentos vol. 1 (6) 106−114.

LAGE, M. C. S. M.; SILVA, J. C.; MAGALHÃES, S. M. C.; CAVALCANTE, L. C. D.; MARTINS, L.; FERRARO, L. 2009. “A restauração do sítio arqueológico Pedra do Castelo”. Clio Arqueológica vol. 24 (2) 67−82.

RAIJ. B. V.; CAMARGO, O. A. 1973. “Sílica solúvel em solos”. Bragantia vol. 32(11) 223−236. Disponíveis exclusivamente na forma on-line

CAVALCANTE, L. C. D.; FARIAS FILHO, B. B.; SANTOS, L. M.; FONTES, L. M.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D. 2013b. “Letreiro dos Tanques I e II: problemas de conservação e análises químicas de pinturas rupestres e eflorescência salina”. Arqueología Iberoamericana vol. 18 3−13. <http://www.laiesken.net/arqueologia/pdf/2013/AI1801.pdf>.

CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; PEREIRA, M. C.; FABRIS, J. D. 2008a. “Estudo químico e espectroscópico dos pigmentos pré-históricos do sítio de arte rupestre Arco do Covão, Piauí, Brasil”. International Journal of South American Archaeology vol. 3 59−66. <http://www.ijsa.syllabapress.com/issues/abstract/ijsa00020.html>.

MARQUES, M. 2010. “La multivocalidad: cultos cristianos y arte rupestre”. Rupestreweb – Arte Rupestre en América Latina. Não paginado, 14 p. <http://www.rupestreweb.info/multivocalidad.html>.

MORGADO, A. F. 1999. Águas naturais. Apostila da Disciplina Química Tecnológica (EQA 5114). Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina. <http://lema.enq.ufsc.br/Arquivos/AGUAS%20NATURAIS.htm>.

Published

2015-07-01

Issue

Section

Relatório de Pesquisa