EFLORESCÊNCIAS SALINAS DO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE PEDRA DO CASTELO, PIAUÍ, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.20891/clio.v30i1p120-142Parole chiave:
Arte rupestre, eflorescência salina, difração de raios XAbstract
As fases mineralógicas das amostras de eflorescências salinas do sítio de arte rupestre Pedra do Castelo, Piauí, Brasil, foram estudadas por difração de raios X pelo método do pó e consistem essencialmente de newberita (MgHPO4 . 3H2O), sulfato de alumínio e potássio (KAl(SO4)2), KAl3(SO4)2(OH)6, taranakita, (H6K3Al5(PO4)8 . 18H2O) e quartzo (SiO2). Gipsita (CaSO4 . 2H2O) e fosfato de alumínio (AlPO4) também foram identificados. A análise das eflorescências salinas é muito importante, não apenas de um ponto de vista químico-mineralógico, mas também da arte rupestre e das paredes de arenito que estão em processo acelerado de degradação. Os depósitos salinos estão causando a destruição das pinturas rupestres.
ABSTRACT
The mineralogical phases of the samples of saline efflorescences from Pedra do Castelo rock art site, Piauí, Brazil, were studied by powder X-ray diffraction and essentially consist of magnesium hydrogen phosphate hydrate (newberyite, MgHPO4 . 3H2O), potassium aluminum hydrogen phosphate hydrate (taranakite, H6K3Al5(PO4)8 . 18H2O), potassium aluminum sulfate (KAl(SO4)2), potassium aluminum sulfate hydroxide (KAl3(SO4)2(OH)6) and silicon oxide (quartz, SiO2). Gypsum (CaSO4 . 2H2O) and aluminium phosphate (AlPO4) were also identified. The analysis from the saline efflorescences is very important, not only of a point of view chemical-mineralogical, but also of the rock art and of the sandstone walls that are in process accelerated of degradation. The saline deposits are causing the destruction of the rock paintings.
Keywords: Rock arts; aline efflorescence; X-ray diffraction.
Riferimenti bibliografici
ALVES, T. L.; BRITO, M. A. M. L.; LAGE, M. C. S. M.; CAVALCANTE, L. C. D.; FABRIS, J. D. 2011. “Pigmentos de pinturas rupestres pré-históricas do sítio Letreiro do Quinto, Pedro II, Piauí, Brasil”. Química Nova vol. 34 (2) 181−185.
CAVALCANTE, L. C. D. 2012. Caracterização arqueométrica de pinturas rupestres pré-históricas, pigmentos minerais naturais e eflorescências salinas de sítios arqueológicos. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil.
CAVALCANTE, L. C. D.; ABREU, R. R. S.; LAGE, M. C. S. M. 2009. “Pigmentos pré-históricos e eflorescências salinas na Toca do Estevo III”. Fumdhamentos vol. 1 (8) 107−114.
CAVALCANTE, L. C. D.; ABREU, R. R. S.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D.; PINTO, C. O. B. M. 2007a. “Eflorescências salinas na Toca do Boqueirão da Pedra Furada e Toca do Fundo do Baixão da Pedra Furada”. Canindé vol. 10 239−249.
CAVALCANTE, L. C. D.; GONÇALVES, R. N.; FABRIS, J. D. 2013a. “Análise química e mineralógica de pinturas rupestres da Pedra do Dicionário, Piripiri, Piauí, Brasil”. In: ALBUQUERQUE, M. L.; BORGES, S. E. N. Identidades e diversidade cultural: patrimônio arqueológico e antropológico do Piauí-Brasil e do Alto RibatejoPortugal. Teresina – Mação: FUNDAC – CEIPHAR / ITM, p. 34−52.
CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M. 2010. “Fósforo inorgânico, fósforo orgânico e fósforo total como indicadores de ocupação humana pré-histórica: otimização e validação de metodologia em paleossedimentos”. Clio Arqueológica vol. 25 (2) 11−36.
CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D. 2008b. “Análise química de pigmento vermelho em osso humano”. Química Nova vol. 31 (5) 1117−1120.
CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; SANTOS, L. M.; FARIAS FILHO, B. B.; FONTES, L. M. 2007b. “Pedra do Castelo: arqueologia, fé, mistério e encantamento”. Clio Arqueológica vol. 1 (22), 215−229.
CAVALCANTE, L. C. D.; LUZ, M. F.; GUIDON, N.; FABRIS, J. D.; ARDISSON, J. D. 2011. “Ochres from rituals of prehistoric human funerals at the Toca do Enoque site, Piauí, Brazil”. Hyperfine Interactions vol. 203 (1−3), 39−45.
D’ALENCASTRE, J. M. P. 1857. “Memoria Chronologica, Historica e Corographica da Provincia do Piauhy”. Revista do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, tomo XX,1º trimestre, 5−164.
FARIAS FILHO, B. B.; LAGE, M. C. S. M.; FONTES, L. M.; SANTOS, L. M.; CAVALCANTE, L. C. D.; FABRIS, J. D.; BENDASSOLLI, J. A. 2012. “Reconstituição da paleodieta de populações humanas de sítios arqueológicos do Parque Nacional Serra da Capivara”. Revista de Arqueología Americana vol. 30, 219−240.
JCPDS – Joint Committee on Powder Diffraction Standards. 1980. Mineral Powder Diffraction Files Data Book. Pennsylvania: Swarthmore.
LAGE, M. C. S. M. 1996. “Análise química de pigmentos de arte rupestre do sudeste do Piauí”. Revista de Geologia vol. 9, 83−96.
LAGE, M. C. S. M. 1990. Etude archéométrique de l’art rupestre du sud-est du Piauí – Brésil. Tese de Doutorado, Université de Paris I (Pathéon – Sorbonne), Paris, França.
LAGE, M. C. S.; CAVALCANTE, L. C. D.; SANTOS, J. S. 2007. “Estudo químico de sedimentos arqueológicos do Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí – Brasil”. Fumdhamentos vol. 1 (6) 106−114.
LAGE, M. C. S. M.; SILVA, J. C.; MAGALHÃES, S. M. C.; CAVALCANTE, L. C. D.; MARTINS, L.; FERRARO, L. 2009. “A restauração do sítio arqueológico Pedra do Castelo”. Clio Arqueológica vol. 24 (2) 67−82.
RAIJ. B. V.; CAMARGO, O. A. 1973. “Sílica solúvel em solos”. Bragantia vol. 32(11) 223−236. Disponíveis exclusivamente na forma on-line
CAVALCANTE, L. C. D.; FARIAS FILHO, B. B.; SANTOS, L. M.; FONTES, L. M.; LAGE, M. C. S. M.; FABRIS, J. D. 2013b. “Letreiro dos Tanques I e II: problemas de conservação e análises químicas de pinturas rupestres e eflorescência salina”. Arqueología Iberoamericana vol. 18 3−13. <http://www.laiesken.net/arqueologia/pdf/2013/AI1801.pdf>.
CAVALCANTE, L. C. D.; LAGE, M. C. S. M.; PEREIRA, M. C.; FABRIS, J. D. 2008a. “Estudo químico e espectroscópico dos pigmentos pré-históricos do sítio de arte rupestre Arco do Covão, Piauí, Brasil”. International Journal of South American Archaeology vol. 3 59−66. <http://www.ijsa.syllabapress.com/issues/abstract/ijsa00020.html>.
MARQUES, M. 2010. “La multivocalidad: cultos cristianos y arte rupestre”. Rupestreweb – Arte Rupestre en América Latina. Não paginado, 14 p. <http://www.rupestreweb.info/multivocalidad.html>.
MORGADO, A. F. 1999. Águas naturais. Apostila da Disciplina Química Tecnológica (EQA 5114). Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina. <http://lema.enq.ufsc.br/Arquivos/AGUAS%20NATURAIS.htm>.
Downloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
A submissão de originais para a Clio Arqueológica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos da revista Clio Arqueológica sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações mediante citação do nome da Clio Arqueológica como publicação original.
Em virtude do acesso aberto este periódico, permite-se o uso gratuito dos artigos com finalidades educacionais e científicas, desde que citada a fonte conforme as diretrizes da licença Creative Commons.
Autores que submeterem um artigo para publicação na Clio Arqueológica, concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sem pagamento, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado;
d. as ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.