Os números da robótica pedagógica aplicada à educação básica no brasil a partir de um mapeamento sistemático da literatura
DOI:
https://doi.org/10.51359/2177-9309.2022.253562Palavras-chave:
robótica pedagógica, pesquisa científica, produção científica, BrasilResumo
Na contemporaneidade, a robótica se revela uma área fundamental para o desenvolvimento tecnológico, científico e econômico de um país, além de consistir numa tecnologia educacional capaz de ser incorporada ao processo pedagógico na Educação Básica, envolvendo criatividade, motivação e aprendizagem significativa. Nosso objetivo de pesquisa foi identificar as regiões e as instituições brasileiras que produziram pesquisas em nível de Mestrado e Doutorado em Robótica Pedagógica (RP) no Brasil com foco na Educação Básica, no período 2001-2017. Para tanto, realizamos um Mapeamento Sistemático de Literatura cuja base de dados foi a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). As pesquisas foram analisadas, sobretudo do ponto vista da sua localização regional e institucional e também do setor financiador. Foram identificadas 41 Dissertações e sete Teses. Os resultados mostram que a pesquisa brasileira em Robótica Pedagógica se concentra nas regiões Sul (33%), Nordeste (29%) e Sudeste (27%), com a produção concentrada 75% em apenas cinco Estados. Em sua maioria (86%) são financiadas pelo poder público. Também verificamos as predominâncias das instituições públicas, especialmente universidades, como maiores produtoras de pesquisa na temática; juntas, essas instituições foram responsáveis por quase metade da produção científica. Dessa forma, consideramos que num país continental como o Brasil, a centralização da produção científica pode gerar uma situação de indiferença da comunidade discente daquelas regiões para com a temática Robótica Pedagógica. Ainda mais, lacunas como a ausência de teorização na pesquisa em RP, associada à fragilidade na formação de doutores nessa área pode comprometer os componentes fundamentais da institucionalização do conhecimento, o ensino e a pesquisa e aponta para a necessidade de ampliação do número de linhas de pesquisa dos programas de Pós-graduação em Educação/Ensino.
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