As relações contratuais entre o professor e alunos frente à distinção entre figuras geométricas planas e espaciais no 6o ano do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.51359/2177-9309.2024.257039Parole chiave:
relações contratuais, negociação, ruptura, renegociação, marcas de contratoAbstract
O presente artigo tem por objetivo apresentar dados encontrados, a partir de análises realizadas, sobre as relações contratuais estabelecidas entre professor e alunos de um 6º ano do ensino fundamental frente ao saber geométrico Figuras Planas e Espaciais. Esta pesquisa de campo de abordagem qualitativa teve por base teórica a noção de contrato didático, teorizado inicialmente por Brousseau, que, sendo um dos principais elementos da Teoria das Situações Didáticas, fornece os meios para compreensão dos acordos presentes nas relações estabelecidas na sala de aula de matemática. Os participantes foram 40 alunos de uma turma de 6º ano da rede pública estadual da cidade de Pesqueira - PE e sua professora de matemática. Os dados foram coletados a partir da observação, gravação em áudio e vídeo e as respectivas transcrições das aulas que ocorreram nessa turma com foco principal na apresentação e distinção entre Figuras Planas e Espaciais, sendo analisados à luz da literatura. Os resultados dão suporte para melhor compreender como se dão as relações estabelecidas entre professor e alunos, fornecendo informações acerca de como os contratos didáticos se desenrolam, percebendo suas negociações, rupturas, renegociações e indicando possíveis marcas de outros contratos didáticos, além da compreensão de como os atores interagem uns com os outros nas situações vivenciadas na sala de aula.
Riferimenti bibliografici
ALMEIDA, F. E. L. O Contrato Didático na Passagem da Linguagem Natural para a Linguagem Algébrica e na Resolução da Equação na 7º Série do Ensino Fundamental. 2009. 276 f. Dissertação (Mestrado em Ensino das Ciências) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
ALMEIDA, F. E. L de. O contrato didático e as organizações matemáticas e didáticas: analisando suas relações no ensino da equação do segundo grau a uma incógnita. 2016. 304 f. Tese (Doutorado em Ensino das Ciências). Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2016.
ANDRADE, R. N. G.; PAVANELLO, R. M. Formar professores para ensinar geometria: um desafio para as Licenciaturas em Matemática. Educação Matemática em Revista, São Paulo, n. 11A, p. 78-87, março, 2002. Disponível em: https://www.sbembrasil.org.br/periodicos/index.php/EMR-RS/issue/view/149. Acesso em: 13 de maio de 2016.
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Tradução: Esteia dos Santos Abreu. 1º ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. 309 p.
BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. 2º ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. 496 p.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.
BRITO LIMA, A.P. Contrato Didático e Transposição Didática: Inter-relações entre os fenômenos didáticos na iniciação à álgebra na 6ª série do Ensino Fundamental. 2006. 259 p. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
BROUSSEAU, G. Fondementes e méthodes de la didactique dês mathématiques. Recherche en Didactique des Mathématiques, Grenoble, v. 7, n. 2, p. 33-115, 1986. Disponível em: https://revue-rdm.com/1986/fondements-et-methodes-de-la/. Acesso em: 20 de agosto de 2016.
BROUSSEAU, G. Introdução ao estudo da teoria das situações didáticas: conteúdos e métodos de ensino. Apresentação de Benedito Antônio da Silva; consultoria técnica de José Carlos Miguel. Tradução: Camila Bogéa. 1º ed. São Paulo: Ática, 2008. 128 p.
CHEVALLARD, Y.; BOSCH, M.; GASCÓN, J. Estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Trad. Dayse Vaz de Moraes. 1º ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.336 p.
GASPAR, M. T.; MAURO, S. Explorando a geometria através da história da matemática e da etnomatemática. Org. Sérgio Nobre. 1º ed. Rio Claro: SBHMat, 2003. 90 p.
LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria?. Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, Blumenau, n. 4, p. 3-13, jan./jun. 1995. Disponível em: https://professoresdematematica.com.br/wa_files/0_20POR_20QUE_20NAO_20ENSINAR_20GEOMETRIA.pdf. Acesso em: 19 de set. de 2017.
LORENZATO, S. O. Laboratório de Ensino de Matemática na Formação de Professores. Org. Sérgio Lorenzato. 2. Ed. Campinas: Autores Associados, 2009.178 p.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia científica. Atualização: João Bosco Medeiros. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 333 p.
PERNAMBUCO, Ministério da Educação. Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco. Pernambuco, 2012.
PERNAMBUCO, Secretaria de Educação do Estado. Currículo de Pernambuco: ensino fundamental – área de matemática e área de ciências da natureza. Recife, 2018.
TEIXEIRA, P. J. M.; PASSOS, C. C. M. Um pouco da teoria das situações didáticas (tsd) de Guy Brousseau. Zetetiké – FE/Unicamp, v. 21, n. 39, p. 155, 168, jan/jun, 2013. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646602 . Acesso em: 22 de abril de 2017.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Em Teia | Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d. Os conteúdos da Revista Em Teia estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) License.
b. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work.
d. This license allows reusers to copy and distribute the material in any medium or format in unadapted form only, for noncommercial purposes only, and only so long as attribution is given to the creator.