As atualidades epistêmicas do pensamento Miltoniano

Autores/as

  • Alcindo José de Sá Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.51359/2594-9616.2019.244092

Palabras clave:

Milton Santos, Pensamento Geográfico, Conceitos, Epistemologia

Resumen

Quando tratamos do que seja epistemologia, grosso modo, estamos nos referindo ao pensar um pensamento sistêmico e coerente sobre uma concepção de mundo, ou seja, vislumbramos “filosoficamente”, uma unidade explicativa dos fenômenos, incluindo, claramente, os eventos geográficos; sócio-espaciais. Neste sentido, o Geógrafo Milton Santos, buscou, ao longo de sua obra, e se atendo aos diversificados momentos históricos, a referida unidade explicativa, através das mutações constantes dos fenômenos técnicos, sob a égide das diversas formações econômicas e sociais, que plasmaram e plasmam as inúmeras configurações sócio-espaciais, ou territoriais. Foi por este prisma que, no final dos anos oitenta e início dos anos noventa, levei a cabo minha dissertação de mestrado, cujo nome está aludido no título deste ensaio. Portanto, para efeito de um melhor entendimento, o referido autor em inúmeras de suas obras, em especial “A Natureza do Espaço: Técnica e tempo: Razão e emoção” (que ainda não havia sido publicada quando da feitura da dissertação), mas que pode ser muito bem encaixada neste ensaio, trata de quatro quadros tempo/espaciais, moldados pela técnica: O período pré-técnico, o período técnico, o período técnico-científico e o técnico-científico informacional. Seguindo esse roteiro, selecionarei algumas passagens da minha dissertação, mostrando a operacionalidade dessas concepções teóricas/conceituais e, acima de tudo, reafirmando o caráter epistêmico de um pensador que legou uma obra que permanece atual ao desvendamento dos inúmeros fenômenos sócio-espaciais em meio a essa globalização cada vez mais “perversa”.

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Publicado

2019-12-01

Cómo citar

de Sá, A. J. (2019). As atualidades epistêmicas do pensamento Miltoniano. Revista Ensino De Geografia (Recife), 2(3), 142–156. https://doi.org/10.51359/2594-9616.2019.244092