A Brasilidade modernista — sua dimensão filosófica, de Eduardo Jardim
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-7354.2022.254900Palavras-chave:
Modernismo, Brasilidade, Movimento modernista de 22, Graça AranhaResumo
Nesta resenha, Flávio Brayner apresenta o livro A brasilidade modernista — sua dimensão filosófica, de Eduardo Jardim, que confronta pensamentos comuns acerca do Movimento Modernista de 22, como a sua divisão cronológica, a utilização apenas de “índices artísticos” para avaliar o movimento, além do foco em si mesmo como origem de um modernismo nacional e de um sentimento de brasilidade, ignorando muitas outras influências e repercussões relevantes. Jardim considera esses pensamentos “ingênuos” e se utiliza principalmente do livro A esthetica da vida (1921), de Graça Aranha, além do contexto que envolveu a produção do autor, para mostrar que as supostas “ruptura” e “inovação” propostas pelo modernismo, na verdade, retomam temas já existentes. Brayner, então, aprofunda os pensamentos de Aranha e termina sua resenha com exemplos nacionais e regionais que apoiam seu argumento de que a influência de Graça Aranha seria muito maior do que supôs Jardim em seu livro.
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