SER PROSTITUTA: O SENTIDO DO TRABALHO MORALMENTE INACEITAVEL - Being a Prostitute: the Meaning of a Work Morally Unacceptable

Authors

  • Késia Aparecida Teixeira Silva Universidade Federal de Lavras
  • Guilherme Freitas Borges Universidade Federal de Lavras
  • Flávia Luciana Naves Mafra Universidade Federal de Lavras
  • Mônica Carvalho Alves Cappelle Universidade Federal de Lavras

Abstract

Em sua pesquisa sobre o sentido do trabalho junto a administradores, realizadas entre 1994 e 1998, Morin (2002) apresentou seis características do trabalho que tem sentido, dentre elas, a que postula que para ter sentido o trabalho deve ser moralmente aceitável. Diante deste resultado questionou-se qual seria o sentido do trabalho moralmente inaceitável. Optou-se, então, por investigar uma categoria considerada imoral na sociedade: as prostitutas. Para tanto, buscou-se apreender o sentido que essas mulheres atribuem ao trabalho sexual realizado, bem como descrever sua trajetória e a percepção que têm da atividade que desenvolvem. Adotou-se uma abordagem de pesquisa qualitativo-descritiva, realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação não-participante. A interpretação dos dados baseou-se na perspectiva construcionista social e, portanto, utilizou-se a proposta de análise da produção de sentidos. Por meio de entrevistas junto a essas profissionais, observou-se que o trabalho para elas não deixa de ter um sentido, no entanto este se volta para sua sobrevivência e dos familiares e para a possibilidade de consumir aquilo que desejam. 

Author Biographies

Késia Aparecida Teixeira Silva, Universidade Federal de Lavras

Graduada em Administração pela PUC Minas; Especialsita em Gestão de Pessoas também pela PUC Minas; Mestranda em Administração  na Universidade Federal de Lavras, na área de Estudos Organizacionais.

Guilherme Freitas Borges, Universidade Federal de Lavras

Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de São João Del-Rey (UFSJ); Mestrando em Administração na Universidade Federal de Lavras, na área de Estudos Organizacionais.

Flávia Luciana Naves Mafra, Universidade Federal de Lavras

Graduada em Administração (1994), tem mestrado em Administração com ênfase em desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de Lavras (1997) e doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professora da Universidade Federal de Lavras.

Mônica Carvalho Alves Cappelle, Universidade Federal de Lavras

Graduada em Administração pela Universidade Federal de Lavras (1999), Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2002) e Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006). Atualmente é professora Adjunta nível III do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

Published

2013-09-12