Entre linhas e limites: a dicotomia social vivida pela comunidade caiçara da Vila Oratório (RJ) retratada nos mapas
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.260828Palavras-chave:
cartografia social, comunidades tradicionais, conflitos territoriais, especulação imobiliária, mapeamento participativoResumo
O presente artigo aborda os conflitos territoriais enfrentados por comunidades tradicionais, especificamente caiçaras, no litoral norte de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. Diante da modernização impulsionada pela expansão mercantil e construção da BR-101, a comunidade caiçara da Vila Oratório em Paraty, enfrentam desafios como roubo de identidade, genocídio cultural e privatização de praias por um condomínio de luxo. Destacando a resistência das comunidades invisíveis perante o poder público e a importância de seus territórios como expressões culturais e modos de subsistência. Com o avanço tecnológico, especialmente Sistemas de Informação Geográfica (SIG), a pesquisa destaca a oportunidade de integrar o conhecimento tradicional à cartografia moderna. O estudo de caso da Vila Oratório culmina na criação de um mapa participativo, ressaltando não apenas a luta contra a segregação espacial, mas a preservação das práticas culturais para as gerações futuras, utilizando tecnologias geoespaciais como ferramenta crucial na visibilização das demandas dessas comunidades tradicionais.
Downloads
Referências
ADAMS, C. Identidade Caiçara: exclusão histórica e sócio-ambiental. In: Atualidades em Etnobiologia e Etnoecologia. Palestras Convidadas do IV Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia. Ulysses P. de Albuquerque (org.), Recife: Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia. 2002 p. 27 -43.
CARVAJAL, J.C. Territorio y cartografia social. In: Fotalecimento de las organizaciones pertenecientes a la asociacion de proyectos comunitários. A.P.C. Popayán, 2005.
CHAVES, Carla Ramôa. Mapeamento Participativo da Pesca Artesanal da Baía de Guanabara. Rio de Janeiro, 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011, 184p.
CLAVAL, P. O território na transição da pós-modernidade. GEOgraphia – Ano 1 – No 2 – 1999.
HAESBAERT, Rogério. Identidades territoriais. In: ROSENDAHL, Zeny; CORRÊA, Roberto L., Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999.
HAESBAERT, Rogério; RAMOS, Marina T. O mito da desterritorialização econômica. Geographia, ano 6, n. 12, p. 25-48, 2004.
LEVY, D. R. Os condomínios residenciais fechados e a reconceitualização do exercício da cidadania nos espaços urbanos. Ponto-e-vírgula, 7: 95-108, 2010.
RODRIGUES, Fátima da Cruz. Mapas: (Re)Cortes Coloniais. In: O Cabo dos Trabalhos: Revista Electrónica dos Programas de Mestrado e Doutoramento do CES/ FEUC/ FLUC, No 1, 2006.
SAQUET, M. A. SPOSITO, E. S. Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos --1.ed.-- São Paulo : Expressão Popular : UNESP. Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2009, p.217.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lorena Amorim

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à REVISTA MUTIRÕ da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY -
Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças, onde o foco é a disseminação do conhecimento.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.