Les hypothèses de la Géographie Agraire libertaire dans les géographies de Manuel Correia de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.258462Palabras clave:
histoire de la pensée géographique, géographie libertaire, théorie et méthodeResumen
Les études sur les contributions de Manuel Correia de Andrade à la géographie agraire sont diverses, mais peu ont fait une relation des influences de la géographie libertaire d'Élisée Reclus dans son travail, en ce sens, le but de cet article est d'analyser les influences théorico-méthodologiques de Reclus dans les études agraires d'Andrade. A cette fin, les oeuvres des deux auteurs ont été sélectionnées, afin que les points communs puissent être compris dans certaines catégories comme le travail, la lutte des classes, le développement inégal du capitalisme et le progrès. Ainsi, la géographie agraire libertaire d'Andrade s'oriente vers des idées de mutualisme proposées par Reclus, en ce qui concerne la coopération entre paysans, comme moyen de se renforcer face aux avancées du capitalisme et des grands propriétaires ruraux. Malgré les contextes historiques et géographiques distincts, les auteurs partagent les idées de renforcement entre les segments des populations défavorisées, de progrès et de rupture avec les inégalités imposées par le progrès que le capitalisme impose à la société. La coopération est tonique des discours de Reclus et d'Andrade, comme un moyen de renforcer le travail parmi les petits agriculteurs et les paysans, que ce soit en menant les actions collectives de la société pour Reclus ou pour l'État à Andrade.
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