Aproximação da tragédia grega para uma reflexão sobre a existência humana
DOI:
https://doi.org/10.51359/1984-7408.2018.238724Schlagworte:
Literatura Clássica, Filosofia clássica, Tragédia grega.Abstract
Nos últimos séculos, encontramos um número significativo de estudiosos que utilizam a tragédia grega como objeto científico. A literatura compreendida também como um material artístico desenvolve uma aproximação do ser humano com suas questões existenciais. Partindo do pressuposto, a presente enunciação intenta, por meio da leitura das tragédias clássicas, conectar-se com a experiência helênica de aprofundamento de si. A atividade trágica que iniciou com o culto ao deus Dionísio apresentava forte poder de transformação nos espectadores e provocava questionamentos sobre o modelo heroico, observado nos cantos homéricos. O trabalho tem o cuidado de recuar no tempo para apropriar-se do conhecimento helênico e, a partir dos antecedentes da tragédia até a ascensão da filosofia, conceituar uma reflexão sobre o homem e sua existência enquanto espaço de percepção e de vivências diversas, buscando como o trágico pode auxiliar na forma de compreensão da vida humana em sua mais plena dimensão. Para tanto, utilizaremos como escopo teórico BRANDÃO (2015); DETIENNE (1988); JAEGER (2001); NAQUET (2014); NIETZSCHE (1992); QUINET (2015); VERNANT e VIDAL- TORRANO (2017); entre outros estudiosos da antiguidade a fim de realizar a análise da perspectiva aqui defendida sobre o papel da tragédia enquanto chave de leitura para a compreensão da existência humana.
Palavras-chave: Homero; Tragédia grega; Compreensão trágica; Experiência humana.
Literaturhinweise
BRANDÃO, Jacyntho Lins. Antiga musa: arqueologia da ficção. 2. Ed. rev. Ampl. Belo Horizonte: Relicário, 2015.
CAIRUS, Henrique. A arte de curar pela arte: ainda a catarse. Anais de Filosofia Clássica, [S.1], v. 2, n.3, 2008, p. 20-27.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 9ª edição revista pelo autor. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006.
DETIENNE, Marcel. Dioniso a céu aberto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988.
Mestres da verdade na Grécia Arcaica: como abertura de volta à boca da verdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
JAEGER, Werner Wilhelm. Paideia: a formação do homem grego. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
LESKY, Albin. A tragédia grega. Tradução de Jacó Guinsburg, Geraldo Gerson de Souza e Alberto Guzik. São Paulo: Perspectiva, 2001.
MAFRA, Johnny José. Para entender a tragédia grega. Ensaios de Literatura e Filologia, [S.l.], v. 2, 1980, p. 61-85.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
PIQUÉ, Jorge Ferro. A tragédia grega e seu contexto. Revista Letras, [S.1] v. 49, 1998, p. 201-219.
QUINET, Antonio. Édipo ao pé da letra: fragmentos de tragédia e psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
TORRANO, José Antonio Alves. A educação trágica. Filosofia e Educação, v. 9, n. 1, 2017, p. 63-80.
VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e tragédia na Grécia antiga. São Paulo: Perspectiva, 2014.
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2020 Autor, concedendo à revista o direito à primeira publicação

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).