Risos, farsas e farelos – o teatro vicentino e seu texto didascálico
Résumé
A farsa de Quem tem farelos? (1515), do dramaturgo português Gil Vicente
(1460?-1536?), situa-se no dualista Renascimento Ibérico, que ainda continha claros
resquícios medievais. Dualista, porque situado entre o religioso e o profano, entre
as línguas castelhana e portuguesa, entre o antropocentrismo e o teocentrismo,
entre diferentes concepções do cômico. As implicações dessa situação podem ser
observadas tanto nos aspectos risíveis da farsa, quanto em sua estruturação cênica.
Nosso objetivo é, aqui, a partir desses elementos, ensaiar algumas possibilidades de
compreensão na farsa citada, centrando-nos em seus textos ditos primário (falas)
e secundário (didascálias), principalmente neste último, a partir das reflexões de
Regino (2000) e Ramos (2001).
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