Entre Nietzsche e Descartes: os processos de criação e a tecitura existencial de Bispo do Rosário
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2024.250662Palabras clave:
Descartes, Nietzsche, (des)razão, Criação, Bispo do RosárioResumen
Partindo das proposições de René Descartes no que concerne as concepções de razão e linearidade de pensamento, sustentada por uma argumentação estruturada sobre o conceito de “eu”, o presente trabalho estabelece um diálogo reflexivo entre as considerações filosóficas de Friedrich Nietzsche, que diferentemente de Descartes, vigora a potência da loucura e ressignifica as concepções acerca da saúde e da doença. Ademais, aproxima-se a estetização da vida cultivada por Nietzsche, das (cri)ações e narrativas tecidas por Arthur Bispo do Rosário. Para tecer a argumentação tem-se enquanto linhas de sustentação e nós conceituais as noções de razão, loucura, potência criativa e criação do “eu”, que se escrever e se inscreve em diversos espaços-tempos. Destarte, coloca-se em relevo a força do desvio enquanto um modo de se potencializar e de (cri)ação.
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