Entre Nietzsche e Descartes: os processos de criação e a tecitura existencial de Bispo do Rosário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2024.250662

Palavras-chave:

Descartes, Nietzsche, (des)razão, Criação, Bispo do Rosário

Resumo

Partindo das proposições de René Descartes no que concerne as concepções de razão e linearidade de pensamento, sustentada por uma argumentação estruturada sobre o conceito de “eu”, o presente trabalho estabelece um diálogo reflexivo entre as considerações filosóficas de Friedrich Nietzsche, que diferentemente de Descartes, vigora a potência da loucura e ressignifica as concepções acerca da saúde e da doença. Ademais, aproxima-se a estetização da vida cultivada por Nietzsche, das (cri)ações e narrativas tecidas por Arthur Bispo do Rosário. Para tecer a argumentação tem-se enquanto linhas de sustentação e nós conceituais as noções de razão, loucura, potência criativa e criação do “eu”, que se escrever e se inscreve em diversos espaços-tempos. Destarte, coloca-se em relevo a força do desvio enquanto um modo de se potencializar e de (cri)ação.

Referências

ANDRUETTO, Maria Teresa. Por uma literatura sem adjetivos. Tradução: Carmem Cacciacarro. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012.

BURROWES, Patrícia. O Universo segundo Arthur Bispo do Rosário. Rio de Janeiro : FGV, 1999.

DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou.Trad. Fábio Landa. São Paulo: UNESP, 2002.

DESCARTES, René. Meditações metafísicas. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

DINIS, Nildo Fernandes. “Educação, cinema e alteridade”. In: Educar. Curitiba: Editora UFPR, n. 26, p. 67-79, 2005.

FERNÁNDEZ-SAVATER, Amador. “Espanha: a invenção da praça”. In: Cadernos de Subjetividade / Núcleo de Estudos e Pesquisas da Subjetividade do Programa de Estudos Pós–Graduados em Psicologia Clínica da PUC–SP. São Paulo . ano 8 . nº 13 outubro 2011, pp. 250-260

FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017

INGOLD, Tim. “Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais”. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 18, n. 37, p. 25-44, jan./jun. 2012

MOREIRA, Juliano. “Notícia sobre a evolução da assistência a alienados no Brasil (1905)”. In: Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 14, n. 4, p. 728-768, dezembro, 2011.

NIETZSCHE, Friedrich W. Ecce homo ou como alguém se torna o que é. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

NIETZSCHE, Friedrich W. A Gaia Ciência. São Paulo: Escala, 2005.

ODA, Ana Maria Galdini Raimundo. “Juliano Moreira e a (sua) história da assistência aos alienados no Brasil”. In: Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 14, n. 4, p. 721-727, dezembro 2011.

PRINDEAUX, Sue. Eu sou Dinamite!: A vida de Friedrich Nietzsche. Editora Crítica, 2019.

RIVAS, Manuel. “A literatura infantil e xuvenil como poesía insurxente”. In: 32° Congreso Internacional de IBBY. Santiago de Compostela, 8-12 set. 2010.

Downloads

Publicado

2024-09-19

Edição

Seção

Fluxo Contínuo