"Como eu me divirto!": as monotipias de Mira Schendel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256178

Palavras-chave:

arte, corpo, Filosofia, Mira Schendel, Monotipias

Resumo

O objetivo desse ensaio é apontar como algumas questões tradicionalmente restritas ao âmbito da filosofia são pensadas de forma não menos significativa por meio da arte, particularmente a partir de uma série de desenhos da artista brasileira Mira Schendel (1919-1988) conhecida como Monotipias. Com isso, busca-se mostrar como é possível compreender uma forma específica de pensamento que se dá por meio da prática artística, sobretudo na arte contemporânea. No caso particular de Schendel, acredita-se que esse pensar é um elemento fundamental de sua poética, determinante para definição de sua atualidade. Dar ênfase ao fato de que a artista assumia seu trabalho como uma forma de pensar na e através da arte, é admitir que uma leitura temática da história da arte não dá conta dessa produção. E reflete o caráter interdisciplinar de boa parte da produção artística da segunda metade do século 20.

Biografia do Autor

Taisa Palhares, Universidade Estadual de Campinas

Professora do Departamento de Filosofia da Unicamp.

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Publicado

2022-10-27

Edição

Seção

Dossiê temático sobre Filosofia e Arte Contemporânea