Ética da crença, fake news e responsabilidade

Autores/as

  • Felipe Rocha Lima Santos Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2019.247946

Palabras clave:

ética da crença, normatividade epistêmica, vícios epistêmicos, responsabilidade epistêmica, fake news

Resumen

Este artigo tem como objetivo discutir a ética da crença e as relações entre responsabilidade epistêmica e responsabilidade moral, para ao final, aplicar a discussão a avaliação de casos que envolvem o uso das redes sociais para obter fake news e compartilhar as mesmas. Para atingir este objetivo, irei inicialmente discutir a norma da ética da crença de Clifford, na primeira seção, para assim, na segunda seção, criticar a ideia de correlação entre responsabilidade epistêmica e moral defendida por Clifford. Na terceira seção apresentarei a teoria dos vícios epistêmicos de Cassam, para assim, na seção final, avaliar casos que envolvem fake news e redes sociais sob a perspectiva de vícios epistêmicos. Fecharei o artigo com uma breve discussão sobre os riscos de se propor sem discussão adequada leis que buscam criminalizar as fake news.

 

ÉTICA DA CRENÇA, FAKE NEWS E RESPONSABILIDADE

Citas

BATTALY, Heather. Epistemic Virtue and Vice: Reliabilism,Responsibilism, and Personalism, In MI, Chienkuo; SLOTE, Michael eSOSA, Ernest (eds). Moral and Intellectual Virtues in Western and ChinesePhilosophy. New York: Routledge. 2016.

CASSAM, Quassim. Epistemic Insouciance. Journal of PhilosophicalResearch, v. 43. 2018.

CASSAM, Quassim. Vices of the Mind: from the intellectual to the political.Oxford: Oxford University Press. 2019.

CLIFFORD, William. A Ética da Crença. In MURCHO, D. (ed.). A Ética daCrença. Lisboa: Editora Bizâncio. 2010.

COUTINHO, Emílio. Escola Base: Onde e como estão os protagonistas do maior crime da imprensa brasileira. São Paulo: Editora Casa Flutuante.2016.CRAIG, Edward. Knowledge and the state of nature: an essay in conceptualsynthesis. Oxford: Claredon Press. 1990.

FRANKFURT, Harry. Sobre Falar Merda. Rio de Janeiro: Editora IntrínsecaLtda. 2005.

GRECO, John. Achieving Knowledge: A Virtue-theoretic Account ofEpistemic Normativity. Cambridge: Cambridge University Press. 2010.

HAACK, Susan. ‘The Ethics of Belief’ Reconsidered. In STEUP, Matthias(ed). Knowledge, Truth, and Duty. Oxford: Oxford University Press. 2001.

KURZBAN, Robert. Why everyone (else) is a hypocrite. Evolution and themodular mind. Princenton: Princenton University Press. 2010.

MATTHESON, Jonathan; VITZ, Rico. The Ethics of Belief. Oxford: OxfordUniversity Press. 2014.

MARSILI, Neri. Retweeting: its linguistic and epistemic value. Synthese.Publicado online em 29 jun 2020.

ORESKES, Naomi; CONWAY, Erik. Merchants of Doubt: How a Handfulof Scientists Obscured the Truth on Issues from Tobacco Smoke to GlobalWarming. New York: Bloomsbury Publishing. 2010.OXFORD, Dicionário. 2020. Disponível emhttps://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/fake-news. Acesso em 25 jun 2020.

PEELS, Rik. Perspectives on Ignorance from Moral and Social Philosophy.New York: Routledge. 2017.

SOSA, Ernest. Judgment and Agency, Oxford: Oxford University Press.2015.

STEUP, Matthias (ed). Knowledge, Truth, and Duty. Oxford: OxfordUniversity Press. 2001.

SCHWARTZ, Barry. O paradox da escolha: Por que menos é mais. SãoPaulo: Editora a Girafa. 2004.

WOOLLEY, Samuel C.; HOWARD, Philip N. Computational Propaganda:political parties, politicians, and political manipulation on social media.Oxford: Oxford University Press. 2019.

ZAGZEBSKI, Linda. Virtues of the Mind: An Inquiry into the Nature ofVirtue and the Ethical Foundations of Knowledge. Cambridge: CambridgeUniversity Press. 1996.

Publicado

2020-08-19