Physis e cosmotécnica: um desenvolvimento na filosofia da tecnologia a partir de Yuk Hui
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.250050Palabras clave:
cosmotécnica, tecnologia, natureza, técnica, Gestell.Resumen
Pode-se dizer que o texto “A Questão da Técnica” de 1953 deu o primeiro passo na consolidação da filosofia da tecnologia enquanto disciplina. Partindo de uma apresentação do conceito de phýsis, desenvolve-se o conceito de cosmotécnica, assim como apresentado pelo Yuk Hui. O termo cosmotécnica faz alusão aos dois conceitos centrais de natureza e de técnica, o que leva a uma tentativa de explicação que dê conta de um âmbito total do ente. Dessa forma, pautado em uma leitura crítica do texto heideggeriano de 1953, o presente artigo aponta para o trabalho de Yuk Hui como um exemplo notável de um pensador que segue de maneira sui generis a trilha posta pelo relato heideggeriano.
Citas
ARISTÓTELES. Metafísica: texto grego com tradução ao lado. Tradução de Marcelo Perine. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2005. v. 2.
ARISTÓTELES. Física I-II. Tradução de Lucas Angioni. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.
AUBENQUE, Pierre. Desconstruir a metafísica?. Tradução de Aldo Vannuchi. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
BONAZZI, Mauro. “Antígona contra o sofista”. Archai, n. 7, jul. 2011, p. 75-85. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8253/6764. Acesso em 25 mar. 2021.
BRAGUE, Remi. The Wisdom of the World: The Human Experience of the World in Western Thought. Chicago: University of Chicago Press 2006.
COPLESTON, Frederick. History of philosophy: Greece and Rome. New York: Image Books, 1993. v. 1.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia?. São Paulo: Editora 34, 2010.
DESCOLA, Phillipe. Beyond Nature and Culture. Chicago: University of Chicago Press, 2013.
FERRANDO, Francesca. “The body”. In: RANISCH, Robert (ed.); SORGNER, Stefan Lorenz (ed.). Post- and transhumanism: an introduction. Frankfurt am Main: Peter Lang, 2014, p. 149-162.
FOGEL, Gilvan. “Martin Heidegger, et coetera e a questão da técnica”. O que nos faz pensar, v. 2, n. 10, out. 1996, p. 37-67.
FÖRSTER, Eckart. “The hidden plan of nature”. In: RORTY, Amélie Oksenberg (ed.); SCHMIDT, James (ed.). Kant’s idea for a universal history with a cosmopolitan aim: a critical guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2009, p. 187-199.
GADAMER, Hans-Georg. “Parmenides und das Sein”. In: GADAMER, Hans-Georg. Der Anfang der Philosophie. Traduzido do italiano por Joachim Schulte. Stuttgart: Reclam, 2000, p. 149-175.
GUTHRIE, W. K. C. The sophists. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.
HAYLES, N. Katherine. How we became posthuman: virtual bodies in cybernetics, literature, and informatics. Chicago, Londres: The University of Chicago Press.
HEGEL, G.W.F., Enciclopédia das Ciências Filosóficas: II - A Filosofia da Natureza. São Paulo: Edições Loyola, 2016.
HEIDEGGER, Martin. Die Grundbegriffe der Metaphysik: Welt – Endlichkeit – Einsamkeit. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1983. (GA, 29/30).
HEIDEGGER, Martin. Aristoteles, Metaphysik θ 1-3: von Wesen und Wirklichkeit der Kraft. 2. ed. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1990. (GA, 33).
HEIDEGGER, Martin. “Die Frage nach der Technik”. In: HEIDEGGER, Martin. Vorträge und Aufsätze. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2000, p. 5-36. (GA, 7).
HEIDEGGER, Martin. “A questão da técnica”. Scientiae Studia, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 375-398, jul.-set. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662007000300006. Acesso em 21 mar. 2021.
HEIDEGGER, Martin. “A questão da técnica”. In: HEIDEGGER, Martin. Ensaios e Conferências, Tradução: Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2012, p. 11-38.
HINRICHSEN, Bruno L,. O sentido da transcendência na fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger. Dissertação (Mestrado em filosofia) – Programa de Pós-graduação em Filosofia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017. Disponível em: xxxxx. Acesso em 26 mar. 2021.
HUI, Yuk. The question concerning technology in China: na eassy in cosmotechnics. Falmouth: Urbanomic, 2016.
HUI, Yuk. “Cosmotechnics as Cosmopolitics”. e-flux, n. 86, 2017a, p. 1-11. Disponível em: https://www.e-flux.com/journal/86/161887/cosmotechnics-as-cosmopolitics/. Acesso em: 16 Mar. 2021.
HUI, Yuk. “On the Unhappy Consciousness of the Neoreactionaries”. e-flux, n. 81, 2017b, p. 1-12. Disponível em: https://www.e-flux.com/journal/81/125815/on-the-unhappy-consciousness-of-neoreactionaries/. Acesso em: 7 Abr. 2021.
HUI, Yuk. Recursivity and Contingency. Londres: Rowman & Littlefield, 2019.
HUI, Yuk. “What Begins After the End of the Enlightenment”. e-flux, n. 86, 2019, p. 1-10. Disponível em: https://www.e-flux.com/journal/86/161887/cosmotechnics-as-cosmopolitics/. Acesso em: 16 Mar. 2021.
HUI, Yuk. “For a Planetary Thinking”. e-flux, n. 114, 2020a, p. 1-7. Disponível em: https://www.e-flux.com/journal/114/366703/for-a-planetary-thinking/. Acesso em: 16 Mar. 2021.
HUI, Yuk. “Machine and Ecology”. Angelaki, v. 25, n. 4, 2020b, p. 54-66.
HUI, Yuk. “Prefácio a esta edição”. In: HUI, Yuk. Tecnodiversidade. Tradução de Humberto do Amaral. São Paulo: Editora Ubu, 2020c.
HUI, Yuk. Variedades da experiência de arte. In: HUI, Yuk. Tecnodiversidade. Tradução de Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu, 2020d, p. 127-156.
KANT, Immanuel. “Idee zu einer allgemeinen Geschichte in weltbürgerlicher Absicht”. In: KANT, Immanuel; VON DER GABLENTZ, Otto Heinrich (ed.). Politische Schriften. Köln: Springer Fachmedien Wiesbaden, 1965a, p. 9-24. (Klassiker der Politik, 1).
KANT, Immanuel. “Zum ewigen Frieden. Ein philosophischer Entwurf”. In: KANT, Immanuel; VON DER GABLENTZ, Otto Heinrich (ed.). Politische Schriften. Köln: Springer Fachmedien Wiesbaden, 1965b, p. 104-150. (Klassiker der Politik, 1).
KIRK, G. S. Heraclitus: the cosmic fragments: a critical study. Londres, Nova York: Cambridge University Press, 1954.
KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos: história crítica com selecção de textos. 7. ed. Tradução de Carlos Alberto Louro Fonseca. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
LYRA, Edgar. “A Atualidade da Gestell Heideggeriana ou a Alegoria do Armazém.”. In: MACDOWELL, João A. (ed.). Heidegger: a questão da verdade do ser e sua incidência no conjunto do seu pensamento. Rio de Janeiro: Via Verita, 2014, p. 138-158.
MANNSPERGER, Dietrich. Physis bei Platon. Berlin: Walter de Gruyter & Co., 1969.
ONISHI, Bradley B. “Information, bodies, and Heidegger: tracing visions of the posthuman. Sophia, n. 50, 2011, p. 101-112. Disponível em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s11841-010-0214-4.pdf. Acesso em: 29 mar. 2021.
PETERS, Gabriel. “Explicação e compreensão: incompatíveis ou complementares? (parte 1)”. Blog do Socioflo, 2018, p. 1-14. Disponível em: https://blogdolabemus.com/wp-content/uploads/2018/04/verbete-explicac3a7c3a3o-e-compreensc3a3o-parte-1-por-gabriel-peters.pdf. Acesso em: 30 mar. 2021.
VON BERTALANFFY, Ludwig. Teoria geral dos sistemas: fundamentos, desenvolvimento e aplicações. Tradução de Francisco M. Guimarães. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.