Razão primária, intenção e animais não-humanos
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2021.250138Palavras-chave:
ação intencional, razão primária, teoria do planejamento da intençãoResumo
Este artigo tem dois objetivos. O primeiro é realizar uma análise crítica da teoria da ação Davidson (2001), segundo a qual um mero movimento corporal se torna uma ação intencional quando é justificado, racionalizado e causado pela razão primária que é constituída por uma atitude conativa – desejo – e por uma atitude cognitiva – crença. Davidson, no entanto, não toma a intenção como um estado mental distinto e a reduz à razão primária. Será feita uma análise crítica da teoria da ação de Davidson a partir da teoria de planejamento da intenção desenvolvida por Bratman (1987). A teoria de Bratman será tratada como uma extensão da teoria davidsoniana. Bratman afirma que os animais não-humanos não são agentes planejadores. O meu segundo objetivo é fazer uma crítica à distinção de Bratman e estender o campo da ação intencional para os animais não-humanos.Referências
ANSCOMBE, Elizabeth, 2000,Intention(reprint), Cambridge, MA: Har-vard University Press.
BRATMAN, Michael, 1983, “Taking Plans Seriously”, Social Theory and Practice, Vol. 9, Nos. 2-3: 271-287
BRATMAN, Michael, 1984, “Two Faces of Intention”,Philosophical Review, 93: 375–405;reprinted in Mele 19
BRATMAN, Michael, 1987,Intention,Plans, and Practical Reason, Cambridge, MA: HarvardUniversity Press.
BRATMAN, Michael, 1999,Faces of Intention: Selected Essays on Intention and Agency,Cambridge: Cambridge University Press.
BRATMAN, Michael, 2006,Structures of Agency, Oxford: Oxford University Press.
DAVIDSON, Donald, 2001,Essays on Actions and Events, Oxford: OxfordUniversity Press.
DAVIDSON, Donald, 2004,Problems of Rationality, with introduction by Marcia Cavelland interview with Ernest Lepore, Oxford: Clarendon Press.
DRETSKE, F.,1988,Explaining Behavior: Reasons in a World of Causes,Cambridge, MA: MIT/Bradford.
EVNINE, Simon, 1991,Donald Davidson, Cambridge: Polity Press.
GODFREY-SMITH, Peter. Other Minds: The Octopus, the Sea, and theDeep Origins of Consciousness, William Collins, 2016.
GOLDMAN, Alvin, 1970,A Theory of Human Action, Englewood Cliffs,NJ: Prentice-Hall.
HURLEY, S.L (2003a), “Animal Action in the Space of Reasons”, Mindand Language, 18:231-256
HURLEY, S.L,(2006). Making sense of animals. In S. Hurley & M. Nudds(Eds.),Rational animals?(pp. 139-171). New York, NY, US: Oxford Uni-versity Press.
LEPORE, Ernest and Brian McLaughlin (eds.), 1985,Actions andEvents: Perspectives on the Philosophy of Donald Davidson, Oxford:Basil Blackwell.
MULCAHY, N, J. & CALL, J. (2006). Apes Save Tools for Future Use. Sci-ence (New York, N.Y.). 312. 1038-40. 10.1126/science.1125456.
PERINI-SANTOS, Ernesto: A Second Naturalization for a Second Nature.In: Sanguinetti, F ; Abath, A.. (Org.). Studies in German Idealism. 1ed.:Springer International Publishing, 2018, v. , p. 177-192.
PERINI-SANTOS, Ernesto, Conteúdo não conceitual, holismo e normatividade. Kriterion(UFMG. Impresso), Belo Horizonte, v. 110, p. 238-263, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.