O Paradoxo Princípio da Autodeterminação dos Povos: o caso da Papua Ocidental

Auteurs-es

  • Fernanda Queiroga Sousa Universidade Federal da Paraíba
  • Priscila Nunes Seixas Universidade Federal da Paraíba
  • Jeane Silva Freitas Universidade Estadual da Paraíba

Mots-clés :

Autodeterminação, Organização das Nações Unidas, Papua Ocidental

Résumé

Este artigo analisa os desdobramentos da ocupação na Papua Ocidental pela Indonésia e o subsequente movimento de resistência encabeçado pelos papuásios em defesa do seu direito à autodeterminação. Na esteira deste processo, alertamos para as investidas do Estado indonésio contra os nativos da região e sublinhamos os direitos humanos violados pelo governo. Feita essa leitura, buscamos encontrar, a partir de uma revisão conceitual do direito à autodeterminação, as razões para explicar como este cenário se instaurou e permanece até o momento dentro de um sistema internacional que preza a paz mundial e a defesa pragmática dos direitos humanos. Por isso, partimos do pressuposto de que as contradições em torno da definição e aplicabilidade deste princípio, decorrentes do posicionamento adotado pela ONU, geraram implicações negativas no processo de formação da Papua as quais perduram até o momento. O presente estudo não pretende esgotar o tema relativo ao fenômeno da autodeterminação dos povos, mas apresentar um estudo de caso, lançando luzes à discussão sobre seus desdobramentos e a sua problemática resultante da própria indeterminação deste princípio e de suas dificuldades de aplicação, de modo a contribuir com a bibliografia específica existente sobre o assunto.

Bibliographies de l'auteur-e

Fernanda Queiroga Sousa, Universidade Federal da Paraíba

Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba (PPGCJ/UFPB). Graduada em Relações Internacionais pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), uma vez pesquisadora de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UEPB) sobre o projeto Migrantes em trânsito na Paraíba. Políticas, normatizações e mapeamento de estrangeiros com vistos de trabalho, negócios e estudo. Interesses maiores nas temáticas de direitos humanos, política externa da Índia, política internacional, cooperação internacional e migrações internacionais. Graduanda em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Paraíba.

Priscila Nunes Seixas, Universidade Federal da Paraíba

Bacharela em Direito pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB; Especializanda em Educação em Direitos Humanos pelo CCHLA/UFPB; Especializanda em Gênero e Diversidade na Escola pelo CE/UFPB; Mestre em Ciências Jurídicas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas - PPGCJ/CCJ/UFPB; aluna especial do Doutorado em Ciência Jurídicas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas - PPGCJ/CCJ/UFPB; Pesquisadora co-coordenadora do Grupo de pesquisa "Reconhecimento das pessoas LGBTs: em busca de uma nova forma jurídica não cis-heterossexista" da ASPER-PB; Pesquisadora colaboradora do Grupo de pesquisa "Violência contra as mulheres: contexto e análise das estratégias de enfrentamento no município de João Pessoa-PB" da ASPER-PB; Professora de Direito Civil e Direito do Consumidor da ASPER-PB.

Jeane Silva Freitas, Universidade Estadual da Paraíba

Mestra em Relações Internacionais pela Universidade Estadual da Paraíba (2014), bacharela em Relações Internacionais pela mesma Universidade (2011) e bacharela em Administração de Empresas pela Universidade Norte do Paraná (2010). Atualmente é professora substituta na Universidade Estadual da Paraíba e integrante do Grupo de Estudos de Paz e Segurança Mundial (GEPASM).

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Publié-e

2016-03-30

Numéro

Rubrique

Artigos