CONTRIBUIÇÕES DE ANTONIO GRAMSCI SOBRE AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NAS OCUPAÇÕES DE ESCOLAS PÚBLICAS ENTRE 2015 E 2016

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Résumé

O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre as práticas educativas verificadas nas ocupações de escolas públicas entre 2015 e 2016. No que compete ao movimento de ocupação das escolas, pretende-se trazer à luz as colaborações do pensamento gramsciano nas ações empreendidas por jovens ocupantes. É preciso ressaltar que essa onda formada por jovens estudantes se corporificou, sobretudo, graças à necessidade de reagir a ações de viés neoliberal tomadas por governos estaduais e federal. Nesse cenário, este artigo aborda como a educação é peça-chave para uma outra hegemonia, logo a insurgência e a rebeldia estudantis são componentes ideais para pôr em xeque ideologias dominantes e o senso comum em vigor. Os ocupantes se valeram de estratégias abastecidas de forte ativismo e engajamento massivo, com o intuito de descolonizar a escola e seu espaço. Este texto também contempla a relação estabelecida entre as jornadas de junho de 2013 e o movimento de ocupação, uma vez que ambos têm os jovens e suas insatisfações como chama para mobilização. É através da escola “desinteressada”, da “práxis” e de Gramsci que este texto justifica o caráter revolucionário e paradigmático do movimento de ocupação das escolas públicas, ocorrido entre 2015 e 2016.

Biographie de l'auteur-e

João Camilo SEVILLA, UERJ

Bacharel e licenciado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH-UERJ). E-mail: prof.joaocsevilla@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-9307-3628.

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Publié-e

2025-05-31