Que não seja o esmalte mais que o ouro: teoria do discurso histórico no pensamento de D. Francisco Manuel de Melo
DOI:
https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2018.36.2.04Palavras-chave:
Historiografia da época moderna, Teoria da história, Humanismo português, Cultura e poderResumo
O estudo da escrita da história do fidalgo português Francisco Manuel de Melo (1606-1666) foi objeto de muitos trabalhos de estudiosos da história e da literatura da época moderna ibérica. Contudo, a maioria destes estudos fundaram-se numa reflexão que não seguiu a exigência da análise iuxta propria principia: com base na análise das obras históricas do fidalgo foram elaboradas leituras externas ao tempo de produção da historiografia do intelectual português. Acometidos por uma preocupação filológica, pretendemos, neste artigo, analisar a teoria do discurso histórico de Francisco Manuel de Melo presente na obra de crítica literária, o Hospital das Letras, buscando com isso compreender as categorias empregadas pelo próprio autor na produção de seus escritos históricos.
Referências
ALBUQUERQUE, Martim de. Um percurso da construção ideológica do Estado. A recepção lipsiana em Portugal: estoicismo e prudência política, Lisboa, Quertzal, 2002;
AMADO, Maria Tereza. O pensamento histórico de Francisco Manuel de Melo. In: “Penélope”. N. 9/10, Lisboa: Edições Cosmos, 1993;
ANACLETO, Marta Teixeira; AUGUSTO, Sara & SANTOS, Zulmira (coords.). D. Francisco Manuel de Melo e o barroco peninsular. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2010;
ARON, Raymond. Introduction à la philosophie de l’histoire – Essai sur les limites de l’objectivité historique. Paris: Gallimard, 1948;
CANFORA, Luciano. Teorie e técnica della storiografia classica. Bari: Laterza, 1996;
ELLIOT, John H. La España Imperial – 1469-1716. Barcelona: Editora Vicens-Vives, 1978;
FUETER, Edmond. Histoire de l’historiographie moderne. Paris: Librairie Félix Alcan, 1914;
GARIN, Eugenio. L’Umanesimo italiano. XXX
HARTOG, François. Memória de Ulisses – Narrativas sobre a fronteira na Grécia antiga. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004;
HARTOG, François. O espelho de Heródoto – Ensaio sobre a representação do outro. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999;
HESPANHA, António Manuel. As vésperas do Leviathan – Instituições e poder político em Portugal, século XVII. Lisboa: Almedina, 1994;
LEITE, Bruno Martins Boto. O caso servo do discurso – A “Escola de Tácito” e a historiografia de D. Francisco Manuel de Melo na Europa do XVII. Dissertação de Mestrado. PPGHIS/UFRJ, 2007;
MARCOCCI, Giuseppe. A consciência de um império. 2014;
MELO, Francisco Manuel de. Hospital das letras. Apólogo dialogal quarto. Rio de Janeiro: Editorial Bruguera, s/d;
MOUSNIER, Roland. XXXX!!!!!!
OLIVEIRA, António de. Dom Francisco Manuel de Melo, historiador. In: Península, Revista de estudos ibéricos. N. 6, 2009, pp. 17-60;
POMIAN, Krzysztof. Sur l’histoire. Paris: Gallimard, 1999;
PRESTAGE, Edgar. D. Francisco Manuel de Melo. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1933;
PRESTAGE, Edgar. D. Francisco Manuel de Melo – um esboço biográfico. Lisboa: Fenda, 1996;
THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo à CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, o autor garante que o artigo é original, e que não contém declarações caluniosas ou difamatórias, que não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual, comercial ou industrial de terceiros, bem como ressarcir prontamente a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica por quaisquer indenizações, prejuízos ou despesas que possam ocorrer em razão da quebra destas garantias.
O autor mantém os direitos autorais sobre o artigo, autorizando, no entanto, a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, a utilizar o referido artigo, no todo ou em parte, editado ou integral, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma, em versão impressa, ou qualquer outro meio de divulgação, ficando assim, a referida instituição isenta de qualquer pagamento de direitos autorais ao autor.