Scenas da escravidão: coluna denuncia do Jornal do Recife.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2020.38.2.05

Palavras-chave:

Escravidão, Imprensa, Império, Movimento abolicionista

Resumo

Na década de 1880 o império brasileiro foi impactado tanto no espaço social quanto político com a ascensão da propaganda abolicionista. Diversas ferramentas foram utilizadas para o convencimento da população de que o sistema escravista deveria ter um fim. Uma das formas utilizadas de comoção foi o uso dos jornais, em especial a seção “scenas da escravidão” que modificou o uso de alguns periódicos no contexto escravista em Pernambuco tendo destaque nessa atuação o Jornal do Recife no embate contra o cativeiro.

Biografia do Autor

Jefferson Gonçalo Do Carmo, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em História pela UFPE na linha de pesquisa Mundo Atlântico. Atualmente doutorando em História pela mesma linha de pesquisa.

Referências

ALONSO, Angela. A teatralização da Política: a propaganda abolicionista. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História– ANPHU, São Paulo, julho 2011.

ALONSO, Angela. Flores, votos e balas. O movimento abolicionista brasileiro (1868-88). São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

ALVES, Maíra Chinelatto. Crimes de escravos e os caminhos da autonomia: Campinas, 1876. In: CASTILHO, Celso Thomas; MACHADO, Maria Helena P.T..Tornando-se Livre: Agentes Históricos e Lutas sociais no processo de Abolição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

AZEVEDO, Celia Maria Marinho. Onda Negra, Medo Branco. O negro no imaginário das elites século XIX. 3ºed. São Paulo: Annablume, 2004.

AZEVEDO, Celia Maria Marinho. Irmão ou inimigo: o escravo no imaginário abolicionista dos Estados Unidos e do Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 28; p. 96-109, dez./ fev.1995/1996.

AZEVEDO, Celia Maria Marinho. Quem precisa de São Nabuco?Revista Afro-Ásia, Salvador, ano 23, n. 1, p. 85–97, 2001.

AZEVEDO, Elciene. O Direito dos Escravos: Lutas jurídicas e abolicionismo na província de São Paulo.Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

BRASIL. Lei nº 2.040. de 28 de setembro de 1871. Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daquelles filhos menores e sobre a libertação annaul de escravos [...]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim2040.htm. Acesso em: 03abr. 2020.

BRASIL. Lei nº 4, de junho de 1835. Determina as penas com que devem ser punidos os escravos, que matarem, ferirem ou commetterem outra qualquer offensaphysica contra seus senhores, etc.; e estabelece regras para o processo.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM4.htm. Acesso em: 03abr. 2020.

CANARIO, Ezequiel David do Amaral. Por que eles se suicidam?: As representações sobre os suicídios de escravos no Recife oitocentista. In: CABRAL, Flavio José Gomes, COSTA, Robson (org.). História da Escravidão em Pernambuco. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2012.

CASTILHO, Celso; COWLING, Camila. Bancando a Liberdade, Popularizando a Política: Abolicionismo e Fundos Locais de emancipação na década de 1880 no Brasil. Revista Afro-Ásia, Salvador, 47, 2013.

CARVALHO, Marcus J. M. de.. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822 – 1850. 2. ed. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2010.

CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma História das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: Ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CONRAD, Robert. Os Últimos anos da escravatura no Brasil: 1850-1888. 2.ed.. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

FALCI, Fernando de Brito. Ecos na casa-grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão. Dissertação de mestrado em História. Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2015.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do Saber. 7ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

GRINBERG, Keila. Castigos Físicos e Legislação. In: SCHAWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (org.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

GRINBERG, Keila: “Esse tráfico de nova espécie”: escravização ilegal e relações internacionais na fronteira sul do império do Brasil. In: MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo; SCHAWARCZ, Lilia Moritz (org.). Emancipação, Inclusão e Exclusão: Desafios do Passado e do Presente. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

LEVI, Geovanni. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemont do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

LUCA, Tania Regina de. Fontes Impressas. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. 2. ed.. São Paulo: Contexto, 2008.

MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Crime e Escravidão: Trabalho, Luta e Resistência nas lavouras paulistas (1830-1888). 2. ed.. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

SWEET, James H. Recriar África: Cultura, parentesco e religião no mundo Afro-Português (1441 – 1770). Lugar da História, 2007.

TOPLIN, R. B. Upheaval, Violence, andtheAbolitionofSlavery in Brazil: The Case of São Paulo. The Hispanic American HistoricalReview, Durham, v.49, n.4, nov. 1969.

VAINFAS, Ronaldo. Ideologia e escravidão: os letrados e a sociedade escravista no Brasil colonial. Petrópolis: Vozes, 1986.

Downloads

Publicado

25-03-2021