Nos discursos do patrimônio cultural analisados no livro “A Retórica da Perda”, tal retórica é sofística ou aristotélica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2022.40.2.7

Palavras-chave:

Patrimônio Cultural, Retórica da Perda, Preservação, Salvaguarda.

Resumo

O objetivo deste trabalho é interpretar o(s) sentido(s) que José Reginaldo Gonçalves atribuiu ao termo “retórica” ao analisar os discursos do patrimônio no Brasil, nas décadas de 1930 a 1980, defendendo que são caracterizados por uma “retórica da perda”. As reflexões orientaram-se por identificar se o autor assumiu tais discursos no sentido da “retórica aristotélica” (com argumentos bem fundamentados), ou da “retórica sofística” (caracterizada como enganosa). Num segundo momento, busquei identificar e analisar como sua tese é apropriada em trabalhos acadêmicos subsequentes. Tanto as reflexões como a análise da apropriação de sua tese por outros, indicaram a prevalência da retórica sofística.

Biografia do Autor

Marluce Reis Magno, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Brasil.

Graduada em História (2013) pela UNIRIO. Mestre e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (PPGMS) da UNIRIO.

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Publicado

29-12-2022