Epidemia e poder no Recife imperial
DOI:
https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2016.34.1.do.185-206Palavras-chave:
Relações de poder, saúde pública, Recife imperialResumo
Em 1856, durante a epidemia de cólera que atingiu o Recife, foram implantadas medidas de prevenção à doença, que pressupunham o controle social das camadas mais pobres da população. O artigo discute como essas medidas demonstram as relações de poder que envolveram autoridades públicas e médicos, no Recife do século XIX.
Referências
ARRAIS, Raimundo. O pântano e o riacho: a formação do espaço público no Recife do século XIX. São Paulo: Humanitas/ USP, 2004.
ANDRADE, Gilberto Osório de. A Cólera-Morbo. Um momento crítico na história da medicina em Pernambuco. 2ª ed. Recife: FUNDAJ - Massangana, 1989.
CARVALHO, Marcus. J. M. de. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife (1822-1850). Recife: Ed. Universitária da UFPE. 2002.
CHERNOVIZ, Pedro Napoleão. Dicionário de Medicina Popular. 6ª ed. Paris: A. Roger & F. Chernoviz, 1890, v.2.
COSTA, Francisco Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. Recife: FUNDARPE, 1984, v.4.
DINIZ, Ariosvaldo da Silva. Cólera: Representações de uma angústia coletiva. A doença e o imaginário social no século XIX no Brasil. 1997. Doutorado em História - IFCH – UNICAMP.Campinas, 1997.
FARIAS, Rosilene Gomes. Pai Manoel, o curandeiro africano, e a medicina no Pernambuco imperial. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 19, supl. 1, dez. 2012.
FOUCAULT, Michel. A política da saúde no século XVIII. In FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
FREYRE, Gilberto (Org.) Livro do Nordeste. Recife: Arquivo Público Estadual de Pernambuco, 1979.
GALVÃO, Sebastião. Diccionário Chorográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco. (Q e R) 2ª ed. Imprensa Nacional: Rio de Janeiro, 1921.
MACHADO, Roberto. Dan(a)ção da Norma: a medicina social e a constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
MARTINS, Valter. Cidade-laboratório: Campinas e a febre amarela na aurora republicana. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.22, n.2, abr.-jun. 2015, p.507-524.
MIRANDA, Carlos Alberto Cunha. Os curandeiros e a ofensiva médica em Pernambuco na primeira metade do século XIX. CLIO. Revista de Pesquisa Histórica do Programa de Pós-Graduação em História, n° 19. UFPE. Recife: Editora Universitária, 2001.
NASCIMENTO, Dilene Raimundo do; SILVA, Matheus Alves Duarte da. “Não é meu intuito estabelecer polêmica”: a chegada da peste ao Brasil, análise de uma controvérsia, 1899. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, supl., nov. 2013, p.1271- 285.
OUTTES, Joel. O Recife: gênese do urbanismo 1927-1943. Recife: Massangana, 1997.
PIMENTA, Tânia Salgado. Terapeutas populares e instituições médicas na primeira metade do século XIX. In. Artes e Ofícios de Curar no Brasil: capítulos de história social. Sidney Chalhoub (org.) - Campinas, SP: UNICAMP, 2003.
PIMENTA, Tânia Salgado. Terapeutas populares e instituições médicas na primeira metade do século XIX. In. Artes e Ofícios de Curar no Brasil: capítulos de história social. Sidney Chalhoub (org.) - Campinas, SP: UNICAMP, 2003.
SAMPAIO, Gabriela dos Reis. Nas trincheiras da cura: as diferentes medicinas no Rio de Janeiro imperial. Campinas, SP: UNICAMP, 2001.
SETTE, Mário. Arruar. História pitoresca do Recife Antigo. Rio de Janeiro: Livraria da Casa do Estudante do Brasil, 1948.
SIAL, Vanessa Viviane de Castro. Das igrejas ao cemitério: políticas públicas sobre a morte no Recife do século XIX. Dissertação (Mestrado em História). UNICAMP. Campinas/ SP, 2005.
SOUZA, Christiane Maria Cruz de. A gripe espanhola na Bahia: saúde, política e medicina em tempos de epidemia. Salvador: EdUFBA; Rio de Janeiro:Editora Fiocruz, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo à CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, o autor garante que o artigo é original, e que não contém declarações caluniosas ou difamatórias, que não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual, comercial ou industrial de terceiros, bem como ressarcir prontamente a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica por quaisquer indenizações, prejuízos ou despesas que possam ocorrer em razão da quebra destas garantias.
O autor mantém os direitos autorais sobre o artigo, autorizando, no entanto, a Universidade Federal de Pernambuco/CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, a utilizar o referido artigo, no todo ou em parte, editado ou integral, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma, em versão impressa, ou qualquer outro meio de divulgação, ficando assim, a referida instituição isenta de qualquer pagamento de direitos autorais ao autor.