Para rechaçar o estigma de prosa panfletária: resenha de o papel de parede amarelo e outras histórias, de Charlotte Perkins Gilman
DOI:
https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.1.09Palavras-chave:
Feminismo, Charlotte Perkins Gilman, O papel de parede amarelo, Sylvia Serafim Thibau.Resumo
No dia 26 de dezembro de 1929, a intelectual Sylvia Serafim assassinou o irmão de Nelson Rodrigues, Roberto Rodrigues, motivada por uma matéria de capa do jornal A Crítica, no mesmo dia, que mostrava seu suposto adultério. O assassinato entrou à memória coletiva, e permanece mobilizando afetos e disputas ainda hoje. Entretanto, Serafim passou a ser tratada sempre como assassina, tendo sua produção literária, jornalística e política abandonada e esquecida. O assassinato foi apropriado como disputa política e ideológica, mobilizando paixões entre conservadores e progressistas.
Referências
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