Aproximações entre Brasil e EUA através da ciência

eclipses do sol, diplomacia e a Segunda Guerra Mundial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-5649.2024.259373

Palavras-chave:

eclipse total do sol, expedição científica, diplomacia científica

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o processo histórico da parceria entre a National Geographic Society (NGS) e o National Bureau of Standards (NBS) para a organização e envio de expedições científicas para a observação de eclipses totais do sol a vários locais pelo mundo nos anos 1930 e 1940. Através de documentos dessas instituições, investigamos as ações dos expedicionários enviados a Patos (PB), em 1940 no Brasil. As evidências nos permitem dizer que a NGS e o NBS agiam em nome de interesses políticos, comerciais, científicos e militares dos EUA em circunstância histórica na qual o Brasil emergia como ator geopolítico a ser cooptado nos anos 1940.

Biografia do Autor

Heráclio Tavares, Universidade do Estado do Mato Grosso

Doutor em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-HCTE). Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). 

 

Referências

Alex Soojung–Kim Pang, Empire and the Sun: Victorian solar Eclipse Expeditions, Stanford: Stanford University Press, 2002.

Antonio Augusto Passos Videira, “Henrique Morize e o eclipse solar total de maio de 1919”, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 41 (2019), suppl. 1.

Antonio Pedro Tota, O imperialismo sedutor: a americanização do Brasil na época da Segunda Guerra, São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Christy Bryan, The National Geographic Society: one hundred years of adventure and discovery, New York: Abradale Press, 1987.

Christina Helena da Motta Barboza, “Ciência e natureza nas expedições astronômicas para o Brasil (1850-1920)”, Boletim Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 5, n. 2 (2010), pp. 273-294.

Frank Jr. McCann, Aliança Brasil-Estados Unidos (1937-1945), Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1995.

Gerson Moura, Relações exteriores do Brasil (1939-1915): mudanças na natureza das relações Brasil-Estados Unidos durante e após a Segunda Guerra Mundial, Brasília: FUNAG, 2012.

Howard Dellinger, “’Bureau of Standards’ radio work”, The Federal Employee, v. 4 (1919), pp. 531-533.

Heraclio Tavares, “Ciência em nome da guerra: eclipses do sol no Brasil nos anos 1940”, Revista Brasileira de História da Ciência, v. 6, n. 2 (2013), pp. 232-247.

Herbert Friedman, “Rocket Astronomy: an overview”, in Paul A. Hanle e Von Del Chamberlain, Space comes of Age: perspectives in the History of the Space Sciences, Washington: National Air and Space Museum, 1981, p. 31-44.

Irvine Gardner, “Observing an eclipse in Asiatic Russia”, National Geographic Magazine, v. 71 (1937), pp. 179-198.

J. F. Hellweg, “Eclipse adventures on a desert isle”, National Geographic Magazine, v. 72 (1937), pp. 380-381.

Jack B. Zirker, Total eclipse of the Sun, New Jersey: Princeton Press, 1995.

Karl Hufbauer, Exploring the sun: solar science since Galileo, Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1991.

Luis Carlos Bassalo Crispin, “Expedição do Observatório Real de Greenwich para Sobral em 1919: anotações tomadas pela Comissão Britânica”, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 41 (2019), suppl. 1.

Matthew Stanley, “An expedition to heal the wound of war”, Isis, v. 94, n. 1 (2003), pp. 57-89.

Renaldo Nicácio da Silva Júnior e Christina Helena da Motta Barboza, “História e memória de vidro: as fotografias brasileiras do eclipse de 1919 em Sobral”, História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 27, n. 3 (2020), pp. 983-1000.

Sofia Basilio, “O eclipse solar de maio de 1919 e as relações científicas entre Brasil e Inglaterra”, Em Construção. Arquivos de epistemologia histórica e estudos de ciência, n. 7 (2020), pp. 97-112.

Peter Briggs Myers e Joahanna M. H. Sengers, Lyman James Briggs (1874-1963): a Biographical memoir, Washington, D.C.: The National Academy Press, 1999.

Pierre Guillermier e Serge Koutchmy, Total eclipses: science, observations, myths and legends, New York: Springer, 1999.

Rexmond Cochrane, Measures for progress: a history of the National Bureau of Standards, Washington D.C.: Department of Commerce, 1974.

Robert M. Poole, Explorers House: National Geographic and the world it made, New York: Penguin Press, 2004.

Samuel Alfred Mitchell, Eclipses of the Sun, New York: Greenwood Press, 1969.

Samuel Alfred Mitchell, “Nature’s most dramatic spectacle”. National Geographic Magazine, v. LXXII, n. 03, 1937, pp. 361-376.

Stewart Gillmor, “Early studies of the ionosphere”, in Paul A. Hanle e Von Del Chamberlain, Space comes of Age: perspectives in the History of the Space Sciences, Washington D.C.: National Air and Space Museum. 1981, pp. 101-114.

Susan Schulten, The geographical imagination in America (1880-1950), Chicago: University of Chicago, 2001.

Watson Davis, “Radio experiments will observe eclipse with interest”, Science News Letter, v. XXII, n. 590, p. 75, 1932a.

Watson Davis, “Bureau of Standards to study radio during eclipse”, Science News Letter, v. XXII, n. 593, p. 117, 1932b.

Downloads

Publicado

20-12-2024