Entre ‘notícias estranhas’ e ‘rumores frescos’: estatutos de veracidade e gêneros documentais na recepção inglesa do caso do Sebastião de Veneza (1598-1603)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22264/clio.issn2525-5649.2023.41.2.06

Palavras-chave:

Sebastianismo, Notícias falsas, Inglaterra elisabetana

Resumo

Este artigo busca mapear o campo semântico a partir do qual as notícias sobre o Sebastião de Veneza (1598-1603) circularam na Inglaterra elisabetana para indagar sobre as noções de verdade e falsidade que guiaram a percepção sobre a autenticidade da história sebastianista. A proposta é fazer um exercício de “semântica histórica” e organizar esse vocabulário a fim de pensar os “estatutos de veracidade” e a autorização da notícia (falsa). Tendo em vista as questões sobre meio e mensagem colocadas pelos novos circuitos de difusão de notícias na Época Moderna, propõe-se que havia diferenças no tratamento (no campo semântico) dos fatos narrados entre gêneros e suportes documentais e em como era tratada a circulação de informação nas fontes analisadas.

Biografia do Autor

Luís Filipe Silvério Lima, Universidade Federal de São Paulo

Professor de História Moderna do Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Desenvolve uma pesquisa sobre o conceito de esperança e os movimentos milenaristas nas conexões atlânticas do século XVII. É autor de Império dos Sonhos. Narrativas proféticas, sebastianismo e messianismo brigantino (2010) e organizou, com Ana Paula Megiani, o livro Visions, Prophecies, and Divinations: Early modern messianism and millenarianism in Iberian America, Spain and Portugal (2016).

Contato: lfslima@unifesp.br

Downloads

Publicado

27-02-2024